Anabolizantes e profissionais de mentirinha

Fiscalização conjunta CREF9/PR – NUCRISA resulta em 12 interdições, 14 apreensões e 14 prisões

11 de julho de 2013

Durante fiscalização realizada nesta semana pelo Conselho Regional Educação Física do Paraná (CREF9/PR), com o apoio do Núcleo de Repressão aos Crimes contra a Saúde (Nucrisa), Vigilância Sanitária e Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR), em 25 academias de Curitiba e Região Metropolitana, foram interditados 12 estabelecimentos com a prisão de 14 pessoas, além de 14 apreensões de anabolizantes e suplementos proscritos pela ANVISA. Os dados da operação Narciso III foram divulgados nesta quarta-feira (12), durante coletiva de imprensa, no 1º Distrito Policial, em Curitiba. Na ocasião, ainda, foi anunciada oficialmente a campanha estadual contra o uso de anabolizantes, que será realizada em conjunto entre as entidades.

As autuações realizadas através da fiscalização foram decorrentes de exercício ilegal da profissão, de falsidade ideológica, das más condições de higiene e também da presença de anabolizantes nos estabelecimentos. “Há uma preocupação muito grande do Conselho para que a sociedade entenda que precisa ser atendida por profissionais éticos e competentes, certifique-se que ele está registrado junto ao Conselho e denuncie quando tiver conhecimento sobre alguma irregularidade. Conseguimos realizar essa ação graças ao apoio da Nucrisa e das outras entidades envolvidas, e pretendemos dar sequência esta operação”, comenta o presidente do CREF9/PR, Antonio Eduardo Branco.

De acordo com a delegada do Nucrisa, Samia Coser, que conduziu com extrema competência essa operação, que foi motivada por denúncias recebidas através do CREF9/PR e do CRM-PR sobre a presença de anabolizantes nas academias, da atividade irregular da profissão e outras irregularidades encontradas.

Fonte: CREF9/PR

Minha opinião: O uso de anabolizantes por pessoas comuns é muito mais frequente do que se pode imaginar. Como qualquer método imediatista, seja para ganho de massa, ou para perda de peso, a busca pela maneira mais fácil e sem esforço (milagre) sempre atrai grande atenção, mas o verdadeiro preço só será pago mais adiante com todos os malefícios para a saúde já amplamente difundidos, mas que pela beleza exterior, vale tudo. Que pena!
Enzo Amato


Meia de Sampa quebrando paradigmas.

A Meia de Sampa me surpreendeu em dois aspectos. Era pra ser uma prova rápida e muitos fatores ajudaram, largada as 7 da manhã, percurso plano e a temperatura de 10° favoreciam uma corrida forte. Gostei da parte de quase 3km dentro do jóquei, algumas curvas fechadas e um trecho de areia não me atrapalharam, e consegui manter o ritmo forte curtindo o local, afinal já corro aqui em SP há muitos anos e sei o quanto é difícil modificar o percurso da maioria das provas, e com isso acabamos passando sempre pelos mesmos lugares. Por isso curti a parte de areia dentro do Jóquei Clube e me senti o próprio cavalo. Apesar de ter feito um bom tempo na prova, não tinha o objetivo de fazer minha melhor marca, mas quem foi com essa intenção certamente teve uma boa oportunidade, porque o percurso é bem veloz.

Mas o segundo aspecto que me chamou atenção foi o apoio da Skol numa corrida de rua. Enquanto estava na massagem, ouvi uma moça dizendo que cerveja não tinha nada a ver com corrida e não entendia porque a Skol estava com o stand na prova. Antes de saber o motivo também tinha minhas dúvidas, mas soube que a intenção deles é inserir a cerveja como produto também para os fisicamente ativos. Atualmente o vinho é bem visto pela sociedade como hábito saudável, desde que consumido 1 taça. Com a cerveja ainda imaginamos a pessoa consumindo grande quantidade, o que realmente não combina com esporte, mas ela pode ser igualmente benéfica para a saúde, se consumida na quantidade adequada. É certo que tem teor alcoólico, e justamente por isso, tanto a cerveja quanto o vinho deixam de trazer benefícios para a saúde se a dose indicada for excedida.

Se você é daqueles que não consegue ficar numa só, esse texto não é pra você! Escrevo para os que entendem o que é uma alimentação balanceada e possam estender o conceito para a bebida também. Da mesma forma que o carboidrato é o melhor aliado dos esportistas, se for consumido além da quantidade necessária ele vira inimigo. Até a água, se consumida em excesso numa prova pode causar hiponatremia. É certo que a cerveja ainda tem um longo caminho para conseguir ser aceita no mundo das corridas, mas se não nos impressiona ver alguém tomando um refrigerante, mesmo que ele só traga prejuízos à saúde, por quê impressionaria alguém tomar uma cerveja para reidratar? Só uma!

Enzo Amato


GANHO DE MASSA MUSCULAR

Por Vanessa Pimentel

Apenas aumentar o consumo de proteína é o suficiente?

Grande parte dos atletas pensam que o carboidrato só é importante para os que correm ou fazem outros tipos de atividade aeróbica, e que para aqueles que almejam hipertrofia muscular, o ideal é aumentar o consumo de proteínas.

No entanto, a proteína extra não é a única responsável pelo aumento do tamanho do músculo, são importantes e fundamentais, também, os exercícios rotineiros de fortalecimento com pesos, musculação e outras formas de exercícios de resistência. Qualquer proteína em excesso é queimada como fonte de energia, o que não é sua função primordial, ou armazenada na forma de glicogênio ou gordura.

Os carboidratos são fundamentais tanto para corredores quanto para aqueles que desejam hipertrofia muscular porque, diferentemente da gordura e proteína, são eles a forma de armazenamento de energia nos músculos e, portanto, o combustível primário durante ambos os exercícios.

As proteínas também são fundamentais para ambos os casos, pois além de fornecerem os aminoácidos essenciais, também fornecem micronutrientes  muito importantes para os dois grupos (ferro, cálcio, zinco, …), prevenindo quadros indesejáveis como anemia, problemas ósseos, dificuldades de cicatrização, …

Portanto os carboidratos são importantes para fornecer energia durante qualquer exercício já as proteínas, o qual o consumo deve ser bem inferior ao de carboidrato, são importantes para a construção e proteção dos músculos e demais tecidos corpóreos.

 

LEMBRE-SE: O controle do peso, uma massa muscular aumentada, bem como a melhora da performance podem ser atingidos com exercícios padrão e com uma dieta cuidadosamente ajustada.


Perda de peso durante a corrida.

Num dos treinos mais longos de corrida dentro da preparação para o Ironman Brasil 2011 pesei os corredores imediatamente antes e depois do treino, foram 35km, confortavelmente feitos em 3h30min, num dia de temperatura agradável, veja os resultados:

Nome                              Antes       Depois      Perda     Percentual

Clodoaldo                        56,9           55,5         1,4kg        2.4%

Edu Coimbra                  73,2            70,7        2,5kg         3.4%

Enzo                                 53,8            51,7         2,1kg          3.9%

Marcio                             78,8            76,3         2,5kg         3.1%

Witney                             76,2            74,1          2,1kg         2.7%

É importante observar que o percentual de peso perdido esteve entre 2.4% e 3.9% sem contar a quantidade de líquidos ingerido durante a atividade. Quanto maior a perda, pior, os batimentos se elevam e dão a impressão de que o exercício fica mais difícil, e maior também é o risco de lesões.

É muito difícil repor, durante uma prova ou treino longo, a mesma quantidade de líquido perdido, a perda sempre é maior, por isso tão importante quanto se hidratar durante o evento é ter a mesma atenção no dia anterior.

Você pode fazer esse cálculo e saber se tem se hidratado corretamente durante seus treinos. Pese-se antes e subtraia pelo peso pós treino, juntamente com a quantidade de líquidos que você ingeriu durante a atividade (500ml equivale a 0,5kg). O resultado é o total de peso em quilos, e a partir dele você calcula a porcentagem.

Até 2% de perda de peso corporal, apenas água é sufuciente para a reposição, a partir daí uma bebida isotônica é bem vinda, porém se a perda chegar a 6% você precisará de orientação de um nutricionista para que isso não ocorra novamente, pois é um sério sinal de desidratação que compromete a funcionalidade dos órgãos e a execução do exercício.


160 a 180km de bike, o que comemos!

Esta semana o grupo que vai para o Ironman fez o primeiro treino realmente longo, pedalamos 160km e acabamos levando praticamente 6 horas para isso, pois tivemos alguns pneus furados no caminho o que nos atrasou um pouco.

Se nós ficássemos 6 horas deitados no sofá, equivalente a assistir 3 filmes, sentiríamos fome em algum momento, ou até mais de um, imagina pedalar esse tempo todo.

Um dos nossos colegas, o Witney, marinheiro de primeira viagem no Ironman, levou pouquíssima comida e tentou segurar o quanto pode sem pedir nada, o grupo só percebeu que ele havia levado alimento insuficiente quando não conseguia mais nos acompanhar, mesmo com o grupo reduzindo o ritmo ele sobrava, já estava “pregado de fome”.

O que mais me chamou a atenção, e são esses detalhes que tornam nosso grupo unido e forte, foi o diálogo entre Eduardo e Witney, depois de terminado o treino, cada um em suas casas, o Edu escreveu um verdadeiro passo a passo via email. Fiz questão de colocar na íntegra, pois além da crítica construtiva para o Witney, mostra o grau de dedicação, organização, conhecimento do próprio corpo e cuidado com o colega, além de dicas muito úteis para qualquer atleta.

Edu escreve:
Grande Witney!

Belo treino hoje! Nossa confiança vai aumentando dia-a-dia.

Bom, vamos lá… Abaixo minha “dieta” para treinos e provas longas:

1- massa

2- malto

3- isotônico

4- água

5- salmoura – 5g de sal

6- dois lanches de pão de forma com queijo brando e geléia cortados em 4 e embrulhados no alumínio, quadradinho por quadradinho.

7- duas ou três bananas

8- quatro bananinhas passa

9- para treinos de 160km ou mais: 3 batatas pequenas cozidas apenas “al dente” partidas ao meio, bem salgadas e também embrulhadas no alumínio.

Ufa, parece pouco? Não! Volto sem nada como hoje. Lembre-se que você vai começar uma maratona, tem que estar alimentado. Na bike a frequência cardíaca média é menor o que facilita a digestão dos alimentos, é na bike que você vai garatir boa parte  da quantidade de alimentos para a maratona. Mesmo que nos treinos nós não corramos após a bike, não importa! O importante é ensinarmos nosso corpo a armazenar e metabolizar parte dos insumos necessários para a corrida ainda na magrela.

Semana que vem vou conferir seus suprimentos!!!!!!!! Rs rs rs rs rs rs.

Tô enviando cópia desse e-mail para o Coach, se eu falei alguma besteira gostaria que ele me corrigisse.

Forte abraço!
 
Witney escreve:
 – Edu, como vai?Blz?

Aonde e como levar tudo isto no dia da prova?
 
Edu escreve:
“Facimmmm” “facimmmmm”
No dia da prova teremos o “Special needs “, postos avançados de suprimentos. Serão dois: um no meio da distância da Bike e outro no meio da distância da corrida. Ficou fácil… te explicamos depois.
Nos nossos treinos o malabarismo é maior. Vamos lá:
-Uma garrafinha de massa no suporte do quadro
-Uma garrafinha de malto no suporte do lado direito do selim
-Uma garrafinha de água no suporte esquerdo do selim
-Salmoura na garrafinha do guidom
-Um isotônico (gatorade) no bolso central da camisa junto com as quatro bananinhas passa ( essas entram primeiro no bolso e a garrafinha vem por cima )
-Duas ou três bananas no bolso direito da camisa
-Oito quadradinhos de sanduba no bolso esquerdo ( fica meio apertado, mas dá)
-Um sanduba inteiro pra comer meia hora antes de subir na bike.
-Quando o treino for maior do que 160km, temos que arrumar lugar para duas batatas médias, costumo levá-las junto com as duas bananas no bolso direito.
Viu como é que deu???????
Agora é com você, converse com a Vanessa, veja o que você tem que tirar por não ter se adaptado, veja o que vc precisa colocar ( algo que te agrade mais: bolacha, saquinho de carbohidrato, barra de cereais, etc )
Ah, outra dica: se vc deixar pra fazer tudo isso na manhã do treino, sinto te dizer merrrrmão, mas vc vai ficar para trás… Prepare tudo na sexta-feira, todas as garrafinhas cheias na geladeira junto com os sandubas já cortadinhos e embrulhadinhos no alumínio. Demoro próximo de 1,5h nessa peleja.
Mais dicas é só perguntar.

Lembro que a dieta de cada um do grupo é supervisionada por nossa nutricionista, a Vanessa, e que cada atleta tem a sua preferência no cardápio.

O Witney depois do treino de sábado, comeu, bebeu e descansou. No domingo fez as 2h30min de corrida que estava prevista, no ritmo certo, sem problemas e confiante para seu primeiro Ironman dia 29/5.


Alcoolismo e Pele

Por Dra.Ligia Kogos

O alcoolismo atualmente é uma doença muito preocupante, com consequências físicas, psíquicas e sociais e que provoca alterações na pele desde as fases mais precoces do consumo exagerado de bebidas alcoólicas, especialmente na mulher, que tem o organismo muito mais vulnerável.

Apesar de haver cerca de quatro homens dependentes de álcool para cada mulher alcoolista, como se convencionou chamar, o organismo feminino é bem mais frágil, bastando metade do consumo masculino para que atinjam o mesmo nível sanguíneo de álcool. As mulheres estão bebendo cada vez mais e isso é visível em qualquer restaurante, balada, festa ou happy hour.

Vale discorrer sobre os estragos que as bebidas alcoólicas causam na aparência, para saber o que pode ser feito para desestimular tal hábito. As alterações na pele são decorrentes tanto dos danos ao fígado, como a dilatação constante dos vasos, perda da firmeza das paredes vasculares, alterações no metabolismo das glândulas sebáceas e alteração da imunidade.

Há os sinais clássicos do consumo pesado: vasos dilatados que parecem “aranhas” (spider) no abdômen, pescoço, vasinhos arrebentados no rosto, manchas brancas nas unhas, palmas das mãos avermelhadas e quentes, rosto afogueado, nariz que vai “crescendo” graças ao aumento das glândulas e poros, ficando inchado e congestionado, um horror… É daí que vem a expressão ‘cara de bêbado“, um conjunto de sinais que nos dá essa impressão.

Mas, há novos indicadores de alcoolismo, mesmo com consumo não tão abusivo. Pele muito oleosa no centro do rosto, eczemas, descamações na testa, sobrancelhas, couro cabeludo (caspa) cantos do nariz, configurando a Dermatite Seborreica, pertencem a esse grupo.Também podem aparecer algumas formas de psoríase, com descamações resistentes em joelhos e cotovelos, o eczema numular com manchas descamativas arredondadas espalhadas pelo corpo e as púrpuras, manchas cor de vinho em braços e pernas.

A Acne, com espinhas e cravos, pode surgir ou piorar nas mulheres que já tem tendência, especialmente as jovens que exageram nas cervejas, batidinhas e caipirinhas, pois se agrava com as calorias ingeridas. A celulite, também marca presença já que está relacionada ao excesso de carboidratos do álcool. Lamentável ver moças tomando cerveja na praia logo de manhã, pois a barriguinha estufa na hora, e a celulite já aumenta para o dia seguinte… E o cúmulo é escutá-las discutindo tratamentos de beleza e dieta enquanto se envenenam com as latinhas…

A Rosácea, com espinhas sem ponta e sem cravos, que aparecem sobre pele irritada, vermelha e mais madura, também é outro distúrbio que pode ser desencadeado nos primeiro tempos de abuso alcoólico.

Quem já está bem comprometido, em franco alcoolismo, pode apresentar lesões alarmantes na pele, com manchas escuras, ferruginosas, intensa sensibilização ao sol que se assemelham a queimaduras, quadros preocupantes como a Pelagra e a Porfiria, causadas pelo comprometimento do teor de proteínas no organismo e alterações hepáticas.

Como se não bastasse, o organismo fica com a defesa bem prejudicada, sensível a infecções por fungos e bactérias, tornando-se mais frequentes as micoses dos pés, micose das unhas, de tratamento arrastado e difícil; até mesmo aquelas manchas brancas de praia, a ptiriase versicolor, surgem com mais facilidade…

Com tudo isso, que tal pedir uma elegante água mineral, na próxima vez que sair?


Quinoa misturado a outros produtos, enriquece valor nutricional do alimento

Fonte: Correio Braziliense
Por Marcelo da Fonseca

Cereal é fonte de proteínas, fibras, cálcio, ferro e carboidratos.

Quinoa é indicada para a as pessoas com intolerância ao glúten.

Cultivado há mais de 2 mil anos pelos povos incas, que habitaram a Cordilheira dos Andes em uma latitude de mais de 3,6 mil metros, o grão de quinoa chamou a atenção de pesquisadores brasileiros. Um estudo desenvolvido na Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (FCF/USP) descobriu formas de aumentar o valor nutricional de alimentos e criar novas misturas usando o cereal. “O objetivo era encontrar uma forma de produzir novos alimentos sem fazer uso da farinha de trigo. Para isso, fizemos recheios para bombons, massa para bolos, biscoitos, todos misturados com o grão de quinoa. Dessa forma, colocamos um alimento saudável com produtos variados”, explica a professora e pesquisadora da USP Suzana Lannes.

O grão era o principal alimento do império inca, mas quase desapareceu depois da conquista espanhola, no século 16. O colonizador, interessado apenas na exploração dos metais preciosos, queimou as plantações e subjugou os conhecimentos dos povos nativos. A quinoa quase desapareceu, mas foi guardada como um tesouro sagrado e plantada em pequenos sítios de agricultura familiar no Peru e na Bolívia. Nos últimos anos, o alimento foi redescoberto por cientistas e nutricionistas, e chama a atenção do mundo inteiro pelo seu potencial nutritivo.

A ideia para o experimento partiu da pesquisadora peruana Adelaida Geovanna Salas, quando observou que no Brasil o grão ainda era muito pouco conhecido. “No Peru, a quinoa é muito consumida. É um grão tradicional, chamado de ‘grão de ouro’ pelos mais velhos, por sua importância para a saúde. Aqui, poucas pessoas têm o hábito de consumi-lo, basicamente aqueles mais preocupados com uma dieta mais equilibrada e saudável. O objetivo era mudar esse quadro e trazer um novo produto para a mesa dos brasileiros”, conta Adelaida.

O cereal é fonte de proteínas, fibras, cálcio, ferro e carboidratos, e considerado um dos alimentos mais completos que existem. Por isso, os cientistas se interessam tanto pelo alimento andino. Pesquisas com a quinoa também estão sendo realizadas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), e como o solo brasileiro se mostrou apto para o seu cultivo, as pesquisadoras acreditam que em um futuro próximo o cereal será mais apreciado. “O interesse cresceu muito nos últimos anos, mas para que a indústria comece a investir nos produtos que usam a quinoa é preciso que o grão esteja disponível como matéria-prima, o que ainda não ocorre atualmente”, afirma Suzana.

A nutricionista mineira Gabriela Goulart aponta várias formas de consumir a quinoa que podem ser incorporadas à alimentação. “Ela é muito parecida com a aveia, e também pode ser misturada em vários pratos. Em mingaus e biscoitos e até na almôndega a quinoa fica uma delícia. E o mais importante: é uma opção a mais na dieta das pessoas que tem intolerância ao glúten, os celíacos”, diz Gabriela.

Alternativa saudável

A intolerância ao glúten é um problema que afeta cerca de 300 mil brasileiros, segundo estudo divulgado pela Universidade de Brasília (UnB), e pelo menos 25 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS). Os portadores da doença celíaca têm de eliminar o glúten da dieta para que a digestão funcione normalmente e, em alguns casos, a dieta estritamente sem glúten tem que ser mantida por toda a vida.

Entre os sintomas da doença estão dores abdominais, úlceras na boca e má absorção dos nutrientes no intestino. A causa da doença está relacionada com predisposições genéticas e não existe uma cura para o problema. “Ao contrário do que muitas pessoas pensam, a doença celíaca pode causar danos sérios à saúde. Os danos no organismo ocorrem por causa de um desequilíbrio da mucosa intestinal e podem atrapalhar o funcionamento de todo o corpo. A pessoa passa a não absorver os nutrientes e as vitaminas ingeridos, a ter imunidade baixa e o intestino desregulado”, explica a nutricionista Gabriela Goulart.

“A partir do grão de quinoa conseguimos produzir alimentos sem usar a farinha de trigo, que contém glúten e está presente em muitos produtos. O desafio foi fazer uma massa idêntica, com as mesmas características físicas do trigo e, dessa forma, criar novas opções de receitas para pacientes que vivem em dieta especial. Conseguimos resultados significativos e o avanço vai representar alternativas para aqueles que têm resistência ao glúten”, afirma Suzana Lannes.


Maior consumo de frutas e verduras não previne câncer, sugere estudo

Não há evidências convincentes de que um maior consumo de frutas, verduras e legumes pode reduzir os riscos de desenvolvimento do câncer, segundo revisão de estudos realizada pela Universidade de Oxford, no Reino Unido. Avaliando diversos estudos realizados na última década, os pesquisadores descobriram que os únicos fatores “alimentares” associados ao risco de câncer são a obesidade e o consumo de bebidas alcoólicas – com o cigarro permanecendo como a maior causa da doença.

De acordo com o pesquisador Tim Key, apesar dos inegáveis benefícios do consumo de frutas e hortaliças para a saúde, há poucas evidências de que esses alimentos protegem contra o câncer. “Frutas e vegetais são uma importante parte de uma dieta saudável e uma boa fonte de nutrientes. Mas, até agora, os dados não comprovam que comer maiores quantidades de frutas e vegetais oferece muita proteção contra o câncer”, disse o especialista. “No entanto, há forte evidência científica que mostra que, depois do tabagismo, estar acima do peso e o álcool são dois dos maiores riscos de câncer”.

Em artigo recentemente publicado no British Journal of Cancer, os especialistas destacam que as pessoas com sobrepeso produzem maiores níveis de alguns hormônios, e isso pode contribuir para o aumento no risco de câncer de mama; e o excesso de peso poderia aumentar também os riscos de outros tipos de câncer, como de intestino, de esôfago, o pancreático e o renal. Em relação ao álcool, eles explicam que sua quebra no organismo produz uma substância que pode danificar as células, aumentando os riscos de câncer de boca, garganta, mama, intestino e fígado.

Para Sara Hiom, diretora da instituição britânica de pesquisas Cancer Research, poucas pessoas sabem sobre os riscos dos excessos de peso e de álcool em relação ao câncer. E, embora parar de fumar seja a melhor forma de reduzir as chances de ter a doença, é muito importante controlar o peso e reduzir o consumo de álcool. “Manter a ingestão de álcool em, no máximo, uma pequena dose por dia para as mulheres e duas para os homens, e manter o peso dentro dos limites saudáveis podem ter um enorme impacto”.

http:/boasaude.uol.com.br

Fonte:British Journal of Cancer 15/12/2010


Smartcaps e Smartshot, novos energéticos.

A nutricionista Vanessa Pimentel testou os novos produtos que chegaram ao mercado.

O Smartcaps, energético em cápsula e o Smartshot, versão líquida, prometem aumentar a disposição física e mental. Veja o que ela disse. “gostei muito pois disperta, por não conter pimenta, como  muitos do mesmo gênero, não causa desconforto gástrico, como náuseas, dor no estômago, refluxo…o sabor do produto líquido é forte e por isso pode ser desconfortável durante uma corrida, já os comprimidos, Smartcaps tem sabor neutro, são práticos de serem levados para os treinos, entretanto os comprimidos são grandes, e nesse caso, o produto líquido pode ser uma boa saída.

Indico-os principalmente para aquela época em que o individuo está esgotado devido ao trabalho, estresse e precisa apenas de um empurrãozinho. Toma-lo por volta de meia hora antes do treino deixa o praticante de atividade física mais bem disposto para a mesma.

Outra boa indicação é para a hora do trabalho, quando bate um soninho em hora inapropriada.

É um bom produto principalmente por não proporcionar sintomas indesejáveis como os citados acima!”

Outras situações interessantes seriam:

Antes de uma corrida noturna, se você trabalhou o dia todo, antes de uma prova importante como vestibular ou uma reunião de trabalho.


Sal para longas distâncias

Por Maurício Belfante

Artifício usado por maratonistas e ultramaratonistas, o sódio tem momento e quantidade certos para ser ingerido.

Assunto que tem gerado certa polêmica na área da educação física, o uso do sal em provas longas tem sido cada vez mais comum entre os atletas. Importante pelo controle hidroeletrolítico ou osmótico, e também pela perda acentuada de água e eletrólitos, o sal consegue equilibrar todos esses pontos, acarretando em um melhor desempenho do corredor, além de uma leve sensação de bem-estar.

Contudo, o que seria indicado apenas para as provas longas, tem sido presença também nas provas de curta metragem. “O uso de sal nas provas só deve ocorrer acima de maratonas, especialmente em ultramaratonas. Ainda assim, é necessário contar com um nutricionista, para ver se é necessário ou não o uso do sal. Em distâncias mais baixas, apenas a ingestão de gel e bebidas isotônicas são requisitadas”, afirma Enzo Amato, diretor técnico da Enzo Amato Assessoria Esportiva.

Além disso, caso seja recomendado o uso de sal durante a prova, não há um momento certo para sua ingestão, apenas dependendo das explicações do nutricionista e das necessidades do corpo durante a prova. “Pode depender da temperatura do ambiente e da quantidade de água que é perdida pelo suor, que pode chegar a dois litros”, diz a nutricionista Maria Gabriela Goulart, nutricionista esportiva.

Quantidade ideal e forma de consumo

Diferente de pessoa para pessoa, a quantidade não tem uma média regular, já que depende de vários atributos do atleta, como peso, quantidade de suor exalado na distância requerida, além do peso perdido após a corrida.

“Com estes testes, começamos a perceber qual deve ser a quantidade de líquido que deve ser ingerido, sendo proporcional a quantidade que foi perdida pela transpiração”, explica a nutricionista, que também cita as pesquisas da American College of Sports Medicine (ACSM), que recomenda de 600 ml a 1.200 ml para corridas que durarem mais de uma hora, além de 0,5 a 0,7 g/l de sódio, encontrado no sal.

Hoje em dia, a reposição de sódio está bem mais facilitada, já que existem vários modos de ingerir sal durante a competição. Entre eles estão as pastilhas efervescentes, as pastilhas de sal e bebidas hidroeletrolíticas, sendo a primeira a preferida dos corredores. O consumo exagerado do sal também causa problemas, como retenção líquida e edema.

Hiponatremia

Problema provocado pela falta de sódio no organismo, essa desregularização pode ocorrer em esportistas que perdem suor excessivamente e de forma prolongada, deixando o plasma com baixo índice de sódio.

“Os principais sintomas da hiponatremia incluem náusea, vômito e mal-estar. Se não revertido em tempo pode haver confusão, reflexos diminuídos, convulsão e coma. Outros sintomas mais intensos da hiponatremia são edemas celulares, pois o meio intracelular tenta transitar com o sódio ali presente para o meio extracelular, tentando alcançar os valores ideais fisiológicos; convulsões, edema pulmonar e cerebral, alterações do sistema nervoso central; parada cardiorrespiratória e morte súbita”, afirma Maria Gabriela.

O consumo de bebidas esportivas ou alimentos sem sódio, ou sem a quantidade adequada, levam a baixa concentração da substância no sistema celular. Para evitar esse problema em provas longas, consulte o seu nutricionista e comece uma dieta alimentar regular.

Veja uma receita de hidroelétrico caseiro:

– 950 ml de água gelada

– 50 ml de suco concentrado (pode ser de limão que além do sabor cítrico oferece vitamina C)

– 1 colher de sopa de açúcar (12 gramas)

– 1/2 colher de chá de sal (2 gramas)