Arquivos da Tag: Enzo Amato
Dicas de corrida, avançados e iniciantes.
Um apanhado de perguntas feitas pelos corredores que resolvi abordar pela relevância dos temas.
- Qual a melhor forma de aquecer antes de uma prova ou treino?
- Qual % de gordura ideal?
- Diminuir o pace ou aumentar a quilometragem?
- Como ir para novas distâncias?
- Qual a melhor técnica na descida?
- Porque variar o treino?
- Como treinar para provas de trilha, longe da trilha?
Enzo Amato
Nutrição para corredores e suplementação
No vídeo falo sobre a importância de ser orientado por um/a nutricionista.
Não ter um nutricionista é o mesmo que montar seus treinos por conta própria, sem um treinador. O desempenho não será o mesmo, e pequenos ajustes podem fazer grandes diferenças.
Espero que goste, semana que vem tem mais.
Enzo Amato
Musculação para corredores
Já sei que corredor não gosta de musculação… já me perguntam mil vezes se já vi queniano marombado, para justificar que não precisa… mas é importante para profissionais e importantíssimo para amadores do asfalto ou trilha.
Um corredor mais forte fica mais rápido, mantém a técnica de corrida por mais tempo e diminui o risco de lesão.
Força não significa músculos grandes (hipertrofia). Treino de força tem a ver com recrutamento de fibras e por isso está relacionado a muito peso com exercícios básicos e multiarticulares como agachamento, levantamento terra, supino, remada. Para chegar a fazer um bom treino de força (até 5 repetições e muito peso) é preciso experiência e orientação de um professor de Ed. Física.
Mas este texto é direcionado para o/a corredor/a que ainda não faz musculação e por isso vou começar do início.
O simples ato de começar a fazer musculação já vai promover aumento de força, com notória adaptação dos músculos em apenas 8 semanas. Porém, outras estruturas demoram mais para se adaptar, como tendões e ligamentos, que levam até 18 meses para te dar o glorioso título de intermediário e não mais iniciante. Por isso não é para sair de meia maratona e se meter numa ultra só porque começou na musculação.
O começo.
O início na musculação deve ser com 3 vezes na semana e 3 séries de 15 repetições com pouco peso, para que o corpo “entenda” o movimento e consiga se recuperar para a próxima sessão. Se no início você tiver que diminuir um pouco as corridas para poder fazer a musculação, não tem problema, vale a pena.
Abaixo um exemplo de treino que não dura mais de 30min.
Série básica. Os exercícios mais importantes do dia vêm primeiro. Na corrida as pernas dão a propulsão, mas o corpo todo trabalha em cadeia, por isso a série para o corpo todo.
- Agachamento (pernas, glúteos e lombar fortes)
- Levantamento terra (estabilizadores da coluna fortes)
- Supino (peitoral, ombros e tríceps fortes)
- Remada ou barra fixa (costas e bíceps fortes)
- Abdominal (parte frontal do core forte)
A sequência do treino, depois de alguns meses, seria aumentar o peso diminuindo as repetições, porém a janela entre 7 e 15 repetições até a exaustão, promove hipertrofia. Homens ou mulheres que quiserem aumento de força, mantendo ou reduzindo as medidas, devem procurar chegar até 5 repetições com muito peso, mas conforme a brincadeira fica mais pesada, mais necessário será o olhar atento do professor de Educação Física na sua vida de atleta amador, para evitar abusos e uma possível lesão. Como disse antes, o músculo se adapta rápido, o resto do corpo não.
Cada caso é um caso e muitas possibilidades são factíveis, mas se ficou dúvida é só escrever ou sugerir um vídeo no Programa Fôlego sobre o assunto.
Enzo Amato
A Muralha Up and Down – Marathon
A maratona com cara de ultra.
A Muralha up and down marathon nasce para desafiar aos corredores brasileiros. Mais de 2.200 metros de desnível numa prova de asfalto, acredite, é bastante!
Em 2016 será de Penedo a Visconde de Mauá (RJ), com mais de mil metros de desnível acumulado, isso para uma prova de asfalto é muuito. A ideia é que em 2017 seja o percurso inverso, também difícil, e com medalha especial para os corredores que fizerem as duas edições.
Tanto a “ida” quanto a “volta” tem características que exigem um corredor mais versátil, e só os longões comuns não serão suficientes. É preciso acostumar com subidas longas, imprimir ritmo de prova em subida, aumentar resistência em intensidades mais altas para conseguir correr na subida, ter musculatura forte para suportar as descidas… são detalhes perceptíveis só depois da metade da prova, mas que fazem muita diferença. Quanto mais “atraentes” as provas, maior a importância de um planejamento de treinos feito individualmente para você, por um professor.
A data é 21/08/2016, fica a 176km do aeroporto do RJ e 280km de SP. visite o site do evento.
Enzo Amato
Tênis Nike Free RN Distance, revisão.
Ao criar o Free RN Distance, a Nike uniu a leveza e mobilidade do modelo Free com o solado macio Lunarlon.
Sou fã da linha free, que sempre teve sola mais firme, mas agora, com esse “casamento” ficou mais confortável para corridas mais longas e para ganhar novos adeptos.
É um modelo novo que juntou características de dois modelos. O cabedal é super macio e respirável, feito em mesh com tecnologia Flywire na amarração. Corri na esteira, na rua, usei para trabalhar e passear.
Para saber se um tênis é confortável, uso por um dia inteiro, e sentir dor, ou alívio ao descalçar não seria bom sinal. O RN Distance é bem confortável. Gostei da combinação de cores e do estilo.
Ele fica justo no pé, não sei se combina com treinos muito longos para quem tem o pé muito largo. No meu caso não incomodou, nem nos treinos velozes nem nos longos. Mas vale experimentar meio número maior antes de decidir.
O calcanhar não é firme, por isso quem pisa torto vai continuar a pisar (na verdade isso é mais um desvio do tornozelo do que do calcanhar, por isso o tênis pouco tem a ver).
Tem drop de 4mm e mesmo com a sola mais macia e um pouco mais alta que os Free antecessores, ele passa uma ótima sensação de estabilidade, o que é bom para quem tem tornozelos mais frágeis (quem já torceu o pé algumas vezes) e para quem gosta de sentir os pés mais próximos ao chão, como eu.
A sola parece pouco durável, mas o meu já tem mais de 150km e o desgaste é imperceptível.
É um ótimo tênis de corrida, muito leve, versátil para outras atividades e com bom preço.
Enzo Amato
Limiares ventilatórios (L1 e L2) sem eles seu treino é passeio.
Por que, e quanto?
Sou professor e nunca gostei de passar um treino no qual a pessoa não soubesse por que estava fazendo, por isso gosto de explicar dois pontos. Por que fazer, e quanto ele vai ajudar a alcançar o objetivo.
Sem parâmetros, seu treino, mesmo que suado, é menos efetivo do que poderia ser. E o primeiro passo para saber que o suor no fim do treino valeu a pena é sabendo quão perto você estava dos limiares.
Existem duas maneiras para isso, a primeira é por um teste ergoespirométrico, com máscara, em esteira. (Se você corre, tem que ser em esteira, não em bicicleta). A outra maneira é na base do empirismo e só corredores muito experientes, e que normalmente usam frequencímetro conseguem supor os dois limiares.
Exemplo prático:
Se seu objetivo é diminuir o stress, dormir melhor, controlar o peso… qualquer treino de corrida vai te ajudar.
Se além disso, seu objetivo também é diminuir tempo em provas ou correr mais rápido. Então você precisa fazer treinos perto do L2, e não basta ir só pela percepção de esforço ou treinar cada vez mais. “Quanto mais treinado, menos treinável” por isso a precisão dos parâmetros são fundamentais para continuar evoluindo.
Meu L1 e L2, na fase atual é, 145 e 171. O L1 muda conforme o condicionamento, já o L2 praticamente não, o que muda é o tempo que eu suporto correr perto dele. Isso só é possível, correndo nessa intensidade. Correr a 155 ou 160 me faz suar, me dá a impressão de que foi um treino bem feito, me dá fome e me faz ir pra casa feliz, mas de 165 a 170 me faria alcançar a excelência. Depois, a cada semana, basta aumentar o tempo que consigo correr nessa intensidade. De 15 a 20km estaria ótimo, pensando no fim de uma preparação para maratona, já o ponto inicial depende de cada pessoa, 3, 4, 5, 8km… Só falta aliar com os treinos longos e não quebrar em nenhum deles.
Só seu treinador saberá dizer com quantos km começar, quantos dias na semana, que variação de treino serve, quão distante do treino longo se faz o treino de ritmo etc… pois a maior variável que ele tem é você, não os números ou tipos de treino.
Seja amador ou profissional, ter parâmetros é a melhor maneira para saber por que fazer determinado treino e se está na intensidade que deveria para alcançar seu objetivo. Quanto mais você aprender sobre treino, mais vai valorizar a presença de um treinador na sua preparação.
Assista ao vídeo e comente.
Enzo Amato
Programa Fôlego e eu.
Tive o grande prazer de conhecer Gustavo Maia numa corrida no sul do Chile. Dividimos o quarto e passamos vários dias com a turma de convidados trocando muitas ideias. Em poucos dias tive muito boas impressões sobre o Gustavo, apesar dele ser corintiano.
Ao voltar pra casa lhe escrevi propondo para fazer parte do Programa Fôlego. Confesso que ao escrever não consegui propôr nenhuma ideia que pudesse melhorar o programa, já me parecia tudo muito bem feito. Queria apenas conversar, sabia que as ideias surgiriam e que ele toparia esse bate papo. Os poucos dias que passamos no evento me indicaram essa característica de abrir portas que ele tem.
Pois bem, a conversa foi muito produtiva e a partir de hoje passo a fazer parte dos colaboradores do programa Fôlego. Terei uma coluna no programafolego.com.br/ com vídeos sobre treinos, as provas etc…
O Blog do Amato continua no MidiaSport, que também terá um link para os vídeos do fôlego.
Fique ligado, meu vídeo da Ultra Fiord sai do forno semana que vem!
Enzo Amato
Maratona Asics Golden Run SP.
A Asics Golden Run será a melhor maneira de conhecer a selva de pedra. E perceber que não só de pedra ela é.
Esse percurso me fez ter orgulho da cidade onde nasci, de convidar os amigos de fora não com o pretexto ou argumento de que o clima é ameno, que tem poucas subidas ou curvas… Não, vai ter tudo isso, mas principalmente vai mostrar o que tem de bom, de ruim, e toda a diversidade de uma cidade cosmopolita.
Passará por cartões postais no centro antigo como a praça da Sé, pátio do colégio, teatro municipal, viaduto do chá, praça da república etc… contrastando a riqueza e beleza de outrora com a pobreza e vadiagem de hoje. Vias arborizadas com casarões enormes, bairros ricos, a subida da Brigadeiro, os arredores do Ibirapuera, prédios suntuosos de escritório, o fétido rio Pinheiros, a USP, o museu do futebol ao lado da largada no estádio do Pacaembu… enfim, vários lugares que levaria um amigo de fora de SP para conhecer.
Durante a corrida tem a diversidade da paisagem. Depois da prova sugiro um passeio pela Av. Paulista e Rua Augusta, para ver a diversidade da gente, das tribos. Para o jantar escolha a cozinha típica de qualquer nacionalidade ou região do país, ou um boteco com cervejas artesanais e comemore com a medalha no peito.
Esqueça a altimetria, anos atrás a Revista Contra Relógio publicou uma matéria que comparava os resultados de corredores que fizeram várias maratonas aqui no Brasil com diferentes altimetrias e seus tempos eram quase sempre os mesmos.
Treine seu ritmo de prova no plano, faça os longos com subidas e descidas para adaptar seu corpo, musculação para suportar as descidas e ir mais longe, e talvez, quebrar só no finalzinho, dia 31/7/2016.
A selva de pedra não vai tolerar uma preparação meia boca, serão muitas curvas com quebras de ritmo que te tirarão do piloto automático. Prepare-se com treinos bem direcionados para sofrer menos e aproveitar mais. Os bem treinados terão o prazer de descobrir São Paulo correndo.
Só faltou almoçar no mercado municipal, fazer um happy hour na Vila Madalena, um curso de café, comer pizza… são bons motivos para voltar.
Enzo Amato
Manu Vilaseca nos 70km da Ultra Fiord
(Abajo en español) 1ª mulher disparado nos 70km da Ultra Fiord de 2015, só 3 homens chegaram antes dela sendo um deles nada menos que o bi campeão da UTMB.
Ou seja, se você não corre muito rápido, a única chance de vê-la na prova, é na linha de largada. Ou esbanjando sorriso e simpatia nos dias anteriores a prova.
Nascida no Rio de janeiro, Manuela começou a praticar hipismo aos 11 anos de idade, e aos 25 migrou para os esportes de aventura. Praticante de canoagem, corrida e mountain bike. Já teve passagens pelo triathlon e corridas de aventura expedicionárias.
Atleta fez parte da equipe North Face Brasil de 2012 a 2015 e foi recém contratada pela equipe Buff Internacional.
Atualmente mora na Espanha e seu foco para 2016 segue nas Ultra Trails, com calendário internacional repleto de desafios em provas de 80 a 170km. Desde que começou na modalidade, em dezembro de 2011, Manuela obteve títulos importantes como Campeã do La Mision (160km, Patagônia 2011), Campeã do STY (85km, Japão 2013), Campeã do Endurance Challenge (Chile 80km 2013 – Argentina 80km 2014 – Chile 160km 2014), Campeã Ultra Fiord (70km, Patagônia 2015), Trail del Viento (50km, Argentina 2015) e Campeã Vulcano Ultra Trail (100km, Patagonia 2015). No circuito mundial Ultra Trail World Tour 2015, Manuela conquistou a oitava colocação em 2015 com os importantes resultados: 5º lugar Transgrancanaria (125km), 5º lugar Lavaredo Ultra Trail (120km) e 10º lugar Ultra Trail du Mont Blanc (170km).
Amante da natureza, busca dentro do esporte uma maior proximidade, respeito e contato com o meio ambiente. Seu maior prazer está no fato de viajar o mundo conhecendo pessoas, e culturas, fazendo o que mais gosta.
A segunda edição da Ultra Fiord acontece entre 14 e 16 de abril e Manu gentilmente respondeu a algumas perguntas, deixou dicas importantes sobre a corrida e suas percepções.
1. Que distância vai fazer na UF 2016 e qual seu objetivo?
Esse ano vou correr os 70km, como fiz no ano passado. Embora a distancia seja “curta”, a Ultra Fiord é uma prova lenta e deve ser encarada com muito respeito. Meu objetivo principal sempre é cruzar a linha de chegada, pois nesse tipo de prova nunca podemos considerar que isso seja garantido. Se o clima ajudar, vou tentar fazer um tempo melhor do que fiz no ano passado, mas isso depende muito do clima. A progressão pode ficar mais lenta ou mais rápida devido a ele.
2. O que mais gostou na UF de 2015?
O que mais gostei da Ultra fiord em 2015 foi a característica tão selvagem da prova. Tive inclusive muito medo de não acabar ou de ficar perdida pela montanha. Gostei muito do fato de estar sozinha naquela imensidão. O visual também não tem igual. Cada passo era necessário ter atenção porque o terreno era muito complicado. Considero que a Ultra Fiord é uma prova única e especial!
Também preciso ressaltar que uma das coisas que me marcou na Ultra Fiord foi o Hotel Remota, em Puerto Natales. É um hotel muito especial e inesquecível.
3. O que vai fazer de diferente com relação a 1ª edição de 2015 e o que vai procurar fazer igual?
Creio que vou fazer tudo muito parecido com o que fiz no ano passado. Mudaria algo de vestimenta, de acordo com o clima, mas creio que será tudo muito parecido.
4. Conte sobre um dos treinos que fez que te deixou mentalmente confiante para a prova.
Esse ano eu não comecei com muita sorte, pois a Transgrancanaria, que foi minha primeira prova grande, eu tive que abandonar. A Ultra Fiord será minha primeira “maior distância” de 2016 e o que mudou muito no meu treino esse ano é a minha geografia e o clima. Estou morando na Espanha e aqui o inverno acabou recentemente. Talvez eu esteja um pouco mais preparada para o frio do que no ano passado. Isso, sem dúvida, me deixa mentalmente mais confiante. O fato de ter feito a primeira edição também me faz sentir mais preparada, pois já sei o que vem pela frente.
5. Qual sua prova mais importante de 2016, em que mês?
Tenho provas muito importantes pela frente e não sei dizer qual é mais, mas entre elas estão a Transvulcânia, Lavaredo Ultra Trail, Buff Epic Trail e Ultra Trail du Mont Blanc.
6. Tem alguma mania / ritual pré corrida?
Não tenho nenhum ritual nem mania antes da corrida. Tento apenas dormir o máximo possível e me alimentar o melhor possível.
7. Faz atividades que considera complementares a corrida de montanha? Quais?
Eu uso o mountain bike como atividade complementar nos treinos de corrida de montanha e inclusive esse ano fiz uma prova de 3 dias de mountain bike aqui na Catalunha.
8. Considerando sua experiência em provas, em que aspecto a UF leva destaque?
A Ultra Fiord leva destaque pelo visual e por ser uma prova no estilo “aventura”. O corredor não pode ir para lá esperando um banquete nos pontos de controle, pois não vai encontrar. Além de correr é importante saber se cuidar e administrar o desconforto muito bem. O terreno é complicado e a progressão é lenta. Acho que foram os 70km mais lentos que já fiz, (11h45) e não pelo desnível, mas pelo tipo de terreno. Muitas vezes não tem uma trilha marcada e é necessário navegar. É uma prova incrível e por isso fiz questão de voltar.
9. Que dica poderia deixar para os corredores que vão pela primeira vez a Ultra Fiord?
Tomar a prova com muito respeito, independente da distância e do desnível. Esse ano pode ser muito mais rápido que no ano passado, se não chover, mas pode também ser muito pior que no ano passado. Minha dica é sempre buscar curtir, respeitando a prova e a si mesmo. Também creio que é melhor levar coisas demais que de menos, pois é difícil prever o tempo que se demora para acabar.
Desejo boa sorte a todos os corredores e que desfrutem muito dos dias na Patagônia, dentro e fora da prova. É um lugar único e o fato de estar lá já é um presente. Nos vemos na Ultra Fiord!
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Lejos la 1° mujer en los 70km de la Ultra Fiord 2015, solo 3 hombres llegaron antes que ella siendo uno de ellos nada menos que el bi campeón de la UTMB.
O sea, si no corres muy rápido, tu única oportunidad de verla en la corrida es en la línea de llegada. O mostrando su sonrisa y simpatia en los dias antes de la corrida.
Nacida en Rio de Janeiro, Manuela empezó a practicar hipismo a los 11 años de edad y a los 25 migró para los deportes de aventura. Practicante de canotaje, corrida y mountain bike. Ya pasó por el triathlon y corridas de aventura expedicionarias.
La atleta fue parte del equipo North Face Brasil de 2012 a 2015 y fue recientemente contratada por el equipo Buff Internacional.
Actualmente vive en España y su foco para 2016 continuan siendo las Ultra Trails, con calendario internacional repleto de desafios en pruebas de 80 a 170km. Desde que empezó en la modalidad, en diciembre de 2011, Manuela obtuvo títulos importantes como Campeona de La Misión (160km, Patagonia 2011), Campeona del STY (85km, Japón 2013), Campeona del Endurance Challenge (Chile 80km 2013 – Argentina 80km 2014 – Chile 160km 2014), Campeona de la Ultra Fiord (70km, Patagonia 2015), Trail del Viento (50km, Argentina 2015) y Campeona de Vulcano Ultra Trail (100km, Patagonia 2015). En el circuito mundial Ultra Trail World Tour 2015, Manuela conquistó la octava posición en 2015 com importantes resultados: 5° lugar Transgrancanaria (125km), 5° lugar Lavaredo Ultra Trail (120km) y 10° lugar Ultra Trail du Mont Blanc (170km).
Amante de la naturaleza, busca en el deporte más proximidad, respeto y contacto con el medio ambiente. Su placer más grande está en viajar por el mundo conociendo personas y culturas, haciendo lo que más le gusta.
La segunda edición de la Ultra Trail es entre el 14 y 16 de abril y Manu gentilmente respondió algunas preguntas, dio consejos importantes sobre la corrida y sus impresiones.
1. En qué distancia vas a participar de la UF 2016 y cuál es tu objetivo?
Este año voy a correr los 70km, como el año pasado. Apesar de ser una distancia “corta”, la Ultra Fiord es una prueba lenta y debe ser encarada con mucho respeto. Mi objetivo principal siempre es cruzar la línea de llegada, ya que en este tipo de prueba nunca podemos considerar que estos es un hecho. Si el clima ayuda, voy a intentar hacer un tiempo mejor que el año pasado, pero eso depende mucho del clima. El avance puede hacerse más lento o más rápido dependiendo del clima.
2. Qué te gustó más de la UF 2015?
Lo que más me gustó de la UF 2015 fue la caracteristica tan salvaje de la prueba. Inclusive tuve mucho miedo de no terminar o de perderme por la montaña. Me gustó mucho el hecho de estar sola en esa inmensidad. El paisaje no tiene comparación. En cada paso era necesario estar atento porque el terreno era muy complicado. Considero que la Ultra Fiord es una prueba única y especial! También quiero resaltar que algo que me marcó en la Ultra Fiord fue el Hotel Remota, en Puerto Natales. Es un hotel muy especial e inolvidable.
3. Qué vas a hacer de diferente en comparación a la 1° edición de 2015 y qué vas a tratar de hacer igual?
Creo que voy a hacer todo parecido a lo del año pasado. Cambiaría algo de la vestimenta, de acuerdo con el clima, pero creo que será todo muy parecido.
4. Contanos sobre algun entrenamiento que has hecho que te dejó mentalmente confiante para la prueba.
Este año no lo empecé con mucha suerte, Transgrancanaria, que fue la primera prueba grande, tuve que abandonarla. La Ultra Fiord será mi primer “mayor distancia” de 2016 y lo que cambió mucho en mi entrenamiento este año es mi geografia y el clima. Estoy viviendo en España y aquí el invierno terminó recientemente. Talvez esté un poco más preparada para el frío que el año pasado. Eso, sin duda, me deja mentalmente más confiante. El hecho de haber participado de la primera edición también me hace sentir más preparada, pues ya sé lo que viene por delante.
5. Cuál es tu prueba más importante de 2016 y en qué mes?
Tengo pruebas muy importantes por delante y no sé decir cual lo es más, entre ellas la Transvulcania, Lavaredo Ultra Trail, Buff Epic Trail y Ultra Trail du Mont Blanc.
6. Tienes alguna manía/rital pre corrida?
No tengo ningún ritual ni manía antes de la corrida. Solo trato de dormir lo máximo posible y alimentarme lo mejor posible.
7. Haces actividades que consideras complementarias a la corrida de montaña? Cuáles?
Uso el montain bike como actividad complementaria en los entrenamiento de corrida de montaña e incluso este año hice una prueba de tres días de montain bike aqui en Cataluña.
8. Considerando tu experiencia en pruebas, en que aspecto la UF se destaca?
La Ultra Fiord se destaca por el paisaje y por ser una corrida del estilo “aventura”. El corredor no puede ir esperando un banquete en los puntos de control, ya que no lo va a encontrar. Además de correr es importante saber cuidarse y administrar muy bien la incomodidad. El terreno es complicado y el avance es lento. Creo que fueron los 70km más lentos que he hecho, (11h45) y no por el desnivel si no por el tipo de terreno. Muchas veces no hay un sendero marcado y es necesario navegar. Es una prueba inceíble y por eso vuelvo.
9. Qué consejo podrías darle a los corredores que van por primera vez a Ultra Fiord?
Tomar la prueba con mucho respeto, indpendiente de la distancia y del desnivel. Este año puede ser más rápido que el año pasado, si no llueve, pero tabién puede ser mucho peor que el año pasado. Mi consejo es tratar de disfrutar siempre, respetando a la prueba y a sí mismo. También creo que es mejor llevar cosas de más y no de menos, ya que es difícil prever el tiempo que se lleva para terminar.
Les deseo buena suerte a todos los corredores y que disfruten mucho los días en la Patagonia, dentro y fuera de la prueba. Es un lugar único y el hecho de estar allí ya es un regalo. Nos vemos en la Ultra Fiord!
Fernando Nazário defende título dos 100km na Ultra Fiord. (también en español)
(Abajo en español) Na 2ª edição da Ultra Fiord o campeão dos 100km, que na verdade são 114, retorna para melhorar sua marca.
Fernando é a boa revelação brasileira do trail running. Tive o prazer de dividir o quarto com ele numa outra prova na patagônia chilena, a Ultra Trail Torres del Paine, em 2015. Pude conversar sobre treinamento, dar boas risadas, e também acompanhar de perto a concentração e organização que tem antes de uma prova.
Além de abocanhar os 100km da Ultra Fiord de 2015 (114km) com 15h50, também foi campeão da Ultra Trail Torres del Paine 2014, 67km em 7h30.
Há duas semanas da Ultra Fiord, conheça um pouco mais sobre ele, suas percepções sobre a Ultra Fiord, estratégias e dicas para a prova.
Nome: Fernando Nazário-de-Rezende
Profissão: Professor Universitário / Preparador Físico e Personal Trainer da Assessoria Science Fitness Club – Uberlândia.
Formação: Mestre em Educação Física na área de Aspectos Biodinâmicos e Metabólicos do Exercício Físico.
Sou de Uberlândia – Minas Gerais – Brasil, tenho 34 anos, sempre gostei de esportes de motanha e outdoor. Era corredor de aventura inicialmente e só iniciei nas corridas de montanha em 2013.
1. Além da corrida, que outro esporte gosta ou gostaria de praticar?
Corrida de Aventura (pedalar – Remar – Correr)
2. Que distância vai fazer na UF 2016 e qual seu objetivo?
100km / quero ser mais rápido que 2015.
3. O que mais gostou na UF de 2015?
O clima entre os atletas, o carinho da organzação e a natureza selvagem do lugar.
4. O que vai fazer de diferente com relação a 1ª edição de 2015?
Pegarei os Bastões de caminhada para ajudar a subir a montanha e serei mais rápido nas transições do km 30 e km 70.
5. Conte sobre um dos treinos que fez que te deixou mentalmente confiante para a prova.
Ano passado desde o inicio de 2015 treinei 1510 km até a competição. Este ano conseguirei chegar com 1600 km de corrida treinando em um ritmo ainda mais rápido que o ano passado.
6. Qual sua prova mais importante de 2016, em que mês?
Ultra Fiord 100k e/y Ultramaratona dos Perdidos (105k em julho).
7. Tem alguma mania / ritual pré corrida?
Gosto Muito de criar uma boa estratégia de toda a competição, estudando cada detalhe pra elaborar uma logística muito adequada para a competição.
8. Faz atividades que considera complementares a corrida de montanha? Quais?
Bike, Musculação e Treinamentos de Equilíbio funcional
9. Considerando sua experiência em provas, em que aspecto a UF leva destaque?
A prova mais impressionante em todos os sentidos que senti.
10. Que dica poderia deixar para os corredores que vão pela primeira vez a Ultra Fiord?
– Cuidem da sua alimentação e Hidratação – coma o macarrao no km 30 e tambem no 70.
– Aproveite tudo que a prova tem pra oferecer
– antes de chegar nos postos de apoio, mentalize o que irá fazer e a ordem certa das coisas sem correria pra não esquecer nada
– não fique muito tempo nos postos de apoio
– Tenha boas lanternas de cabeça
En la 2da edición de la Ultra Fiord el campeón de los 100km, que en realidad son 114, vuelve para mejorar su marca.
Fernando es una buena revelación brasilera del trail running. Tuve la suerte de compartir la habitación con él en otra corrida en la patagonia chilena, en la Ultra Trail Torres del Paine, en 2015. Pude conversar sobre entrenamientos, reírnos y acompañar de cerca la concentración y organización que hay antes de una corrida.
Además de conseguir los 100km de la Ultra Fiord de 2015 (114km) con 15h50, también fue campeón de la Ultra Trail Torres del Paine 2014, 67km en 7h30.
A dos semanas de Ultra Fiord, conocé un poco más sobre él, sus percepciones sobre la Ultra Fiord, estrategias y consejos para la prueba.
Nombre: Fernando Nazario-de-Rezende.
Profesión: Profesor Universitario/Preparador Físico y Personal Trainer de la Assessoria Science Fitness Club – Uberlândia.
Formación: Master en Educación Física en el área de Aspectos Biodinámicos y Metabólicos del Ejercicio Físico.
Soy de Uberlândia, Minas Gerais, Brasil, tengo 34 años, siempre me gustó el deporte de montaña y outdoor. Era corredor de aventura inicialmente y recién inicié con corridas de montaña en 2013.
1. Aparte de corrida, qué otro deporte te gusta o gustaría practicar?
Carrera de aventura (bici – remo – corrida).
2. De cuál distancia vas participar en UF 2016 y cuál es tu objetivo?
100km / quiero ser más rápido que en 2015.
3. Qué es lo que más te gustó en la UF de 2015?
La buena onda entre los atletas, el cariño de la organización y la naturaleza salvaje del lugar.
4. Qué vas a hacer de diferente comparado a la 1ª edición en 2015?
Voy con los bastones de trekking para ayudarme a subir la montaña y voy a ser más rápido en las transiciones del km 30 y 70.
5.Contános sobre alguno de los entrenamientos que hiciste y que te dejó más confiante para la corrida.
El año pasado desde el princípio de 2015 corrí 1510km hasta la corrida. Este año llegaré a los 1600km a un ritmo más fuerte que el año pasado.
6. Cuál es tu carrera más importante de 2016, en qué mes?
Ultra Fiord 100km y Ultramaratona dos Perdidos (105k en julio).
7. Tienes alguna maña / ritual pre-corrida?
Me gusta mucho crear un buen plan de toda la competencia, estudiando cada detalle para elaborar una logística adecuada para la competición.
8. Haces actividades que consideres complementarias a la corrida de montaña? Cuáles?
Ciclismo, musculación y entrenamientos de equilíbrio funcional.
9. Considerando tu experiencia en carreras, en qué sentido la UF se destaca?
Es la carrera más impresionante en todos los sentidos que viví.
10. Qué consejo podrías dejarles a los corredores que van por primera vez a Ultra Fiord?
– Cuiden su alimentación e hidratación – coman la pasta en el km 30 y también en los 70.
– Aprovecha todo lo que te proporciona la carrera.
– Antes de llegar a los puntos de apoyo, mentaliza lo que vas a hacer y su orden sin apuro para no olvidarse de nada.
– No te quedes mucho tiempo en los puntos de apoyo.
– Lleva buenas linternas de cabeza.