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Corridas para 2º semestre 2014.
Sugestões para seu calendário.
2014 está longe de acabar e ainda dá tempo de programar uma viagem para correr em algum lugar diferente, seja longe ou perto, mas desde que seja para curtir um visual legal em algum lugar desse mundão.
Agosto
- Mountain Do Costão do Santinho – Florianópolis – SC
42km, 22km ou 8km Corrida em trilha com algumas partes técnicas, muita estrada de terra e areia da praia na ilha da magia. (clique e visite o site do evento)
- Yaboty Ultra Maratón – Misiones – Argentina
90km, 42, 21 ou 10km Praticamente divisa com o Brasil, muita selva e vistas panorâmicas. (clique e visite o site do evento)
- K42 Ubatuba – SP
Setembro
- INDOMIT Campos do Jordão – SP
50km, 21km ou 12km. Serra da mantiqueira é sempre surpreendente. (clique e visite o site do evento)
- Ultra Trail Torres del Paine (UTTP) – Parque Nacional Torres del Paine – Chile
- Patagonian Int’l Marathon (PIM) – Parque Nacional Torres del Paine – Chile
63, 42, 21 ou 10km. No mesmo fim de semana da UTTP, piso mais fácil totalmente por cascalho, paisagem linda igual, foto. (clique e visite o site do evento)
Outubro
- Mizuno Uphill Marathon – Serra do Rio do Rastro – SC
42km em subida. Será aberta ao público em 2014. (clique e visite o site do evento)
Dezembro
80, 64, 35 ou 15km. Subir um vulcão não é algo de todos os dias, a patagônia chilena é deslumbrante, só isso já convence. (clique e visite o site do evento)
- Mountain Do Atacama – San Pedro de Atacama – Chile
42km, 23 ou 6km. Deserto mais árido do mundo e cidade pitoresca. (clique e visite o site do evento)
Fevereiro 2015
- La Mision – Villa La Angostura – Argentina
160km para completar em 4 dias, sem corte, o lema da prova “chegar é ganhar” tem duas irmãs menores 80km ou 40km. (clique e visite o site do evento)
Já fiz algumas, vou fazer outras e ainda vão sobrar novos desafios, mas o que nunca vai faltar é lugar bonito pra conhecer.
Enzo Amato
K42 Bombinhas 2013, pensando em 2014.
Comprovei que é a mais bela e desafiadora maratona no Brasil. Temperatura amena, muitas subidas, descidas, lama, mata atlântica, praias, o visual da natureza exuberante e muita gente bonita, confirmam a fama.
Já li vários textos sobre a K42, por isso não vou fazer mais um, prefiro deixar orientações para os que farão ano que vem.
Aprendi que a K42 se corre com estratégia e cabeça no lugar. Numa prova curta podemos até ir a toda velocidade, mas não aqui. A variação de inclinação e percurso é muito grande e constante, e sendo a prova desafiadora como é, temos que fazer o possível para o corpo não sentir os extremos e correr da forma mais equilibrada / regular possível.
Como?
Batimentos controlados e percepção de esforço sempre igual seja qual for o terreno, ou seja, devagar nas subidas, moderado no plano e rápido nas descidas, caso não comprometa a segurança, no caso da K42, devagar nas descidas também. O batimento cardíaco é um bom parâmetro ao invés de se preocupar com ritmo por km.
Nas trilhas o mais fácil é subir, se estiver cansado vai ter que subir devagar e pronto, mas as descidas castigam muito mais, por isso procure flexionar um pouco os joelhos nas descidas mais ingrimes, isso dá mais estabilidade, mas não significa 100% dela. Não dê grandes saltos ou passadas largas nas descidas, isso vai te cansar mais, além de ser perigoso. Recomendo os tênis de trilha, mas ainda é comum ver pessoas com os tênis convencionais. Todos completamos, mas talvez eu tenha escorregado um pouco menos.
Apesar dos vários postos de hidratação acabei sentindo sede em alguns trechos e ter levado uma mochila de hidratação ou um cinto, como sugeriram os organizadores, teria ajudado. Apesar da forte recomendação de jogar o lixo no lixo e ter cestos logo após os postos, vi muito rastro de corredor porco nas trilhas, e já acho mais conveniente as corridas em trilha não entregarem copos d’água pelo bem do local que estamos usando para correr. Pagar inscrição não dá direito a descartar lixo em qualquer lugar.
Não havia mata fechada ou single tracks com risco de arranhar as pernas, por isso usar calça só resolveria se estivesse frio mesmo. Fui de short e camiseta regata.
Para proteger os pés usei esparadrapo nas áreas de maior atrito, vaselina nas pontas dos dedos e polvilho granado para manter os pés secos por um pouco mais de tempo. 2 pares de meia, a 1ª de poliamida, a outra mais grossa. Meus pés ficam mais confortáveis, porém ao entrar na água ficam mais pesados. Tomar banho antes da largada vai deixar seus pés mais sensíveis e com alto risco de causar bolhas. Banho no máximo na noite anterior.
A prova começou com garoa e mesmo assim passei protetor solar, em provas longas o clima pode mudar durante a prova e em Bombinhas foi exatamente o que aconteceu. Um boné sempre ajuda caso um galho apareça enquanto você olha pro chão. Apesar de eu não ter usado e não ter passado por lugares com vegetação tão fechada.
Os primeiros colocados levam cerca de 40% mais tempo para concluir a K42 se comparado a uma prova no asfalto, para os amadores percentualmente o valor é menor, mas pode contar algumas horas a mais da sua melhor corrida no asfalto.
No vídeo fica mais fácil de ver como é a prova, a paisagem e a fama que a K42 tem. Levei 5h13 e podia ter sido muito mais porque o visual é hipnotizante e dá vontade de parar e respirar fundo antes de continuar. Feliz por ter conhecido mais um canto do meu lindo país. Espero você lá ano que vem!
Se você fez a prova e quer deixar sua contribuição para os que farão ano que vem, será muito bem vinda.
Enzo Amato.
K42 Bombinhas, alguns números.
Quem estiver tão empolgado quanto eu para essa prova já deve estar na reta final dos treinos e, se for a primeira vez como eu, curioso para curtir o percurso e sentir na pele porque a K42 Bombinhas é chamada de “a maratona mais bela e dura do Brasil”. A prova nasceu na Patagônia Argentina e faz parte de um circuito internacional onde uma das etapas é disputada em Bombinhas – SC. São 3 distâncias para todos os tipos de corredores, 42km individual ou revezamento em duplas, e também 12km. Dos 1000 inscritos nas 3 provas, aproximadamente 33% são mulheres e 6% são corredores estrangeiros. Considero os dois números como pontos positivos, já que outras provas aqui no Brasil não conseguem atrair o público de fora. Vejo nas corridas em trilha um grande diferencial brasileiro, temos paisagens belíssimas, e ao invés de só exportarmos corredores/turistas, podemos muito bem recebê-los. Espero que os estrangeiros levem uma boa impressão e tenham uma ótima experiência ao participar dessa prova. Ter aproximadamente 33% de mulheres também é um fator positivo, pois em algumas provas aqui no Brasil elas não passam de 10%, o que é uma pena, pois nos EUA por exemplo, em provas de 21km elas já são maioria há muito tempo.
A prova acontece 17 de agosto de 2013, vou filmar bastante e depois conto como foi aqui no blog.
Enzo Amato.