Eu sou Malala

Livros que contam sobre outras culturas realmente prendem a atenção, esse é de uma moça que será referência na nossa era, pois resolveu lutar por algo que é um direito básico, a educação, mas lutar contra um discurso religioso tendencioso, transformou esse direito numa luta árdua contra o Talibã.

Com 16 anos Malala já sofreu um atentado, levou um tiro na cabeça, foi a pessoa mais jovem indicada a um prêmio Nobel e resolveu contar sua história.

No livro, escrito em parceria com Christina Lamb, a gente sempre lembra que se trata da história de uma menina, recém adolescente, suas diversões, preocupações e tudo o que envolve a idade. Malala conta sobre o Vale onde morava, no Paquistão, como era a vida antes do ataque de 11/09/2001, como o Talibã se infiltrou na região, através de uma rádio comunitária convencendo os moradores de que pregava o bem, mas como na parábola do sapo na panela, as coisas ficaram cada vez mais graves e retrógradas a ponto de escolas para meninas serem bombardeadas. A história que Malala nos conta é a história da sua curta e movimentada vida, sobre sua cultura e luta por seus direitos, não foi luta armada, ela simplesmente contava o que acontecia para jornais estrangeiros. É um livro que deveria fazer parte da vida de qualquer adolescente e ter seus inúmeros temas discutidos em sala de aula. Nos faz pensar, comparar, refletir, abrir a mente.

A história de uma moça, de outro país, de outra cultura, de outra realidade, mas que pode ser relacionada em inúmeros aspectos com a vida que se leva no Brasil. Nosso país precisa com urgência de pessoas de mente aberta e senso crítico.

Boa leitura!

Enzo Amato