Academias acessíveis a todos

A prática de atividades físicas e esportivas deve ser ofertada a todos, sem distinção. Isso vale, obviamente, a todos os grupos e setores da sociedade – principalmente às pessoas com deficiência. Certo? Na teoria, a tese é perfeita. Porém, na prática, será que o acesso aos locais onde são oferecidos os serviços prestados pelos profissionais de Educação Física é facilitado a todos?

Em setembro, acadêmicos do curso de Educação Física da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) analisaram a acessibilidade das instalações físicas das academias em João Pessoa. Foram pesquisadas oito academias em bairros distintos da capital paraibana. Resultado: não foi encontrada em nenhuma delas a aplicação do padrão fixado nas normas técnicas de acessibilidade da Associação Brasileira de Normas Técnicas – NBR 9050:2004.

A função da NBR 9050:2004 é “estabelecer critérios e parâmetros técnicos a serem observados quando do projeto, construção, instalação e adaptação de edificações, mobiliários, espaços e equipamentos urbanos às condições de acessibilidade”. Vale ressaltar que a NBR 9050:2004 são referências normativas para o cumprimento do Decreto nº 5296/2004, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida. Em outras palavras, esses espaços – nos quais podemos incluir as academias – devem estar acessíveis a TODOS.

Diante deste fato, o CONFEF orienta os estabelecimentos que oferecem atividades físicas e esportivas, como clubes e academias, a se adequarem a estas normas, buscando adaptar seus espaços para receber e atender a todos, especialmente os portadores de necessidades especiais.

Essa ação, sem dúvida, beneficia as academias e os profissionais de Educação Física, que aumentam o número de usuários dos seus serviços; e toda população, que passa a ter acesso irrestrito à prática de atividades físicas e esportivas – objetivo defendido pelo Sistema CONFEF/CREFs desde a sua fundação.

Fonte: Portal CONFEF


Brasil, o país do futebol? Só se for pelo ‘joystick’

Mais jovens estão trocando a prática de esportes pelos jogos de videogame, diz pesquisa. E o Brasil tem os piores índices

POR THIAGO FERES

Rio – ‘Não gosto de praticar esportes, prefiro jogar no videogame’. A confissão do pequeno Vincenzo Lima, 6 anos, feita entre um lance e outro de uma partida de futebol virtual, reflete realidade diagnosticada pelo Instituto de Pesquisa Sulamericano Kiddos, a pedido do canal de TV por assinatura Nickelodeon, em 7 países da América Latina: crianças e adolescentes estão praticando menos atividades físicas e virando ‘cyberesportistas’. O Brasil é o que tem os piores índices.

O dado preocupa autoridades, pais e educadores. O Rio é a 2ª capital no ranking da obesidade entre estudantes, segundo dados do IBGE de 2009, que apontam 8,9% dos alunos cariocas como obesos, atrás apenas dos de Porto Alegre. “Passei a controlar o tempo do videogame. Antes das férias, só deixava ele jogar sextas, sábados e domingos. Agora, estou mais flexível.

No próximo ano, Vincenzo estudará num colégio com referência esportiva. Espero despertar interesse nele, já que nem playground funciona”, reclama a mãe Marianne Lima, 31, que matriculou o filho em várias atividades físicas, sem sucesso.

A esperança de Marianne se alinha ao que pais informaram na pesquisa: a escola é o lugar onde as crianças mais praticam esportes. O índice brasileiro, no entanto, é o menor da América Latina. Entre os responsáveis, 85% disseram que é nos colégios que os filhos desenvolvem práticas esportivas. Na Argentina, por exemplo, esse percentual pula para 96%.

No ensino público, a ausência de quadras poliesportivas agrava o problema. Das 2.528 unidades municipais e estaduais do Rio, 858 não têm espaços exclusivos para prática de esportes, dado nada animador para uma cidade que sediará a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016.

“A regularidade de exercícios físicos é uma necessidade primordial para o desenvolvimento saudável das crianças e uma base para melhorar a aprendizagem nas demais disciplinas”, opina a secretária municipal de Educação, Claudia Costin, lembrando convênios firmados com clubes e vilas olímpicas para oferecer atividades esportivas a alunos de escolas sem quadras.

De acordo com a consulta feita pelo Instituto Kiddos, a bicicleta também perde espaço na rotina de crianças e adolescentes. Somente 41% dos jovens entrevistados disseram pedalar. Alunos do Colégio Franco-Brasileiro, uma das poucas unidades particulares do Rio que participa de competições intercolegiais, ficaram surpresos com o resultado da pesquisa.

“Meus pais sempre me incentivaram a fazer esporte. Minha mãe é professora de Educação Física. Eu me sinto inútil sem exercício”, afirma Rômulo Braga, 15. “Falta incentivo por parte dos responsáveis”, completa Vítor Lobo, 14. Segundo relatório do Instituto Kiddos, apenas 34% dos pais entrevistados praticam esportes ao lado dos filhos com frequência.

Pouco tempo para exercícios físicos

As principais escolas municipais, estaduais e particulares do Rio destinam, em média, 1h30 semanal para a prática de atividades físicas. No entanto, profissionais da área defendem que alunos entre 10 e 17 anos necessitam de 3h para obtenção de melhores resultados.

“O ideal seriam três aulas de uma hora, cada, por semana. Em termos físicos, é melhor que a atividade seja distribuída em dias diferentes, o que permite melhores resultados na parte aeróbica”, explica o professor de Educação Física e proprietário da Academia Estação Pilates, em Ipanema, Enéas Oliveira. “Quando estamos ensinando regras para os alunos mais novos, o aprendizado acaba sendo mais rápido, devido à repetição”.

A professora Kátia Cristina Faria, 41, também defende a ampliação da carga horária esportiva nas escolas. Segundo ela, muitas vezes os alunos mais sedentários ficam cansados com apenas 5 minutos de atividades.“Às vezes fico impressionada com as condições físicas de alguns adolescentes”, revela.

Interesse por ecologia é mínimo

A pesquisa encomendada pelo Nickelodeon abordou também questões sobre meio ambiente, concluindo que crianças brasileiras são as que menos se preocupam com questões relacionadas a sustentabilidade num comparativo com os outros países da América Latina.

As mais interessadas pelo tema não souberam aprofundar a discussão, mas afirmaram ter atitudes como não jogar lixo na rua e não demorar mais que 15 minutos no banho. “Muita gente não se importa porque não verá resultados em vida. Mas filhos ou netos poderão sofrer com as atitudes”, opinou Samuel Stoliar, 8, do Franco-Brasileiro.

Entre as mães consultadas pelo Instituto Qualibest, que também participou da pesquisa, 94% acham importante o filho ter aulas sobre o tema. Já 98% disseram ensinar a criança a não jogar lixo na rua. Uma em cada duas mães afirmaram ter passado algum ensinamento aos pequenos sobre questões ecológicas.



Déficit

As secretarias municipal e estadual de Educação negam déficit de profissionais de Educação Física nas 2.528 escolas do Rio. Nas unidades da prefeitura, são 3.347 professores, enquanto os colégios do estado contam com 4.545. “Realizamos recente concurso e sanamos um déficit histórico na rede municipal. Agora, estamos promovendo capacitações periódicas”, conta Claudia Costin. Em 2010, o estado inaugurou 9 unidades com quadras poliesportivas, enquanto a prefeitura pretende entregar mais 10 até o fim do ano.

Fonte: O DIA online


Maior consumo de frutas e verduras não previne câncer, sugere estudo

Não há evidências convincentes de que um maior consumo de frutas, verduras e legumes pode reduzir os riscos de desenvolvimento do câncer, segundo revisão de estudos realizada pela Universidade de Oxford, no Reino Unido. Avaliando diversos estudos realizados na última década, os pesquisadores descobriram que os únicos fatores “alimentares” associados ao risco de câncer são a obesidade e o consumo de bebidas alcoólicas – com o cigarro permanecendo como a maior causa da doença.

De acordo com o pesquisador Tim Key, apesar dos inegáveis benefícios do consumo de frutas e hortaliças para a saúde, há poucas evidências de que esses alimentos protegem contra o câncer. “Frutas e vegetais são uma importante parte de uma dieta saudável e uma boa fonte de nutrientes. Mas, até agora, os dados não comprovam que comer maiores quantidades de frutas e vegetais oferece muita proteção contra o câncer”, disse o especialista. “No entanto, há forte evidência científica que mostra que, depois do tabagismo, estar acima do peso e o álcool são dois dos maiores riscos de câncer”.

Em artigo recentemente publicado no British Journal of Cancer, os especialistas destacam que as pessoas com sobrepeso produzem maiores níveis de alguns hormônios, e isso pode contribuir para o aumento no risco de câncer de mama; e o excesso de peso poderia aumentar também os riscos de outros tipos de câncer, como de intestino, de esôfago, o pancreático e o renal. Em relação ao álcool, eles explicam que sua quebra no organismo produz uma substância que pode danificar as células, aumentando os riscos de câncer de boca, garganta, mama, intestino e fígado.

Para Sara Hiom, diretora da instituição britânica de pesquisas Cancer Research, poucas pessoas sabem sobre os riscos dos excessos de peso e de álcool em relação ao câncer. E, embora parar de fumar seja a melhor forma de reduzir as chances de ter a doença, é muito importante controlar o peso e reduzir o consumo de álcool. “Manter a ingestão de álcool em, no máximo, uma pequena dose por dia para as mulheres e duas para os homens, e manter o peso dentro dos limites saudáveis podem ter um enorme impacto”.

http:/boasaude.uol.com.br

Fonte:British Journal of Cancer 15/12/2010


Quase 70% dos brasileiros morrem de doenças crônicas

Problemas de coração são os que mais matam nessa categoria, diz ministério

As doenças crônicas, aquelas que se desenvolvem lentamente, duram por muito tempo e provocam efeitos de longo prazo para a saúde, são as principais causas de morte no Brasil. Dados divulgados nesta terça-feira (14) pelo Ministério da Saúde indicam que 67,3% das mortes no Brasil ocorrem por causa desse tipo de doença – em 2007, elas mataram 705,5 mil pessoas no país.

As doenças crônicas que mais matam no Brasil são as cardiovasculares, que afetam o coração e o sistema sanguíneo, representando 29,4% das mortes no Brasil. Nessa classificação entram problemas como infarto do miocárdio, AVC (acidente vascular cerebral) e a hipertensão (pressão alta).

Essas doenças têm relação direta com o estilo de vida da população. Apesar de certas causas que não podem ser evitadas, como a questão da idade e a hereditariedade, existem outros fatores de risco que podem ser controlados: fumo, obesidade, sedentarismo, elevação do colesterol e estresse.

Apesar de o número absoluto de mortes por esse tipo de doença ser alto, houve uma queda no índice de mortalidade, que é a relação entre a quantidade de pessoas que morrem por causa do problema e o número de habitantes do país. O ministério diz que a mortalidade caiu 26%, passando de 284 mortes para cada 100 mil habitantes em 1996 para 206 em 2007.

Otaliba Libânio Neto, diretor do Departamento de Análise de Situação de Saúde da Secretaria de Vigilância em Saúde, diz em comunicado que a queda aconteceu em razão do “maior nível de instrução da população e das políticas de prevenção à saúde, como a redução do tabagismo, a promoção de alimentação saudável e o estímulo à atividade física”.

O estudo do ministério aponta uma queda de 17% nas mortes por doenças crônicas no Brasil entre 1996 e 2007. Mas há um grupo em que houve forte alta, o diabetes. Os óbitos pela doença cresceram 10% no período, chegando a 47,7 mil mortes, e a tendência se mantém em alta.

O diabetes é uma das doenças crônicas que mais atingem os brasileiros, chegando a 3,6% da população em geral. De acordo com o Ministério da Saúde, o diabetes está se tornando a epidemia do século e já afeta cerca de 246 milhões de pessoas em todo o mundo. Até 2025, a previsão é de que esse número chegue a 380 milhões. Saiba mais sobre a doença.

De 2005 para 2008, o diabetes ultrapassou as agressões (homicídios) e se tornou a terceira causa de morte do brasileiro, atrás apenas das doenças cerebrovasculares e das doenças isquêmicas do coração.

Libânio diz que isso acontece principalmente por causa de problemas na alimentação do brasileiro, o que leva ao sobrepeso.

 – O diabetes tem relação direta com a obesidade.

E nessa área o Brasil não tem feito a tarefa de casa. A pesquisa Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), divulgada neste ano, mostra que o percentual dos brasileiros que sofrem de obesidade cresceu de 11,4% para 13,9% entre 2006 e 2009.

A boa notícia fica por conta das doenças respiratórias, como enfisema pulmonar e asma, que tiveram uma queda de 33% na taxa de mortalidade no período. Em dez anos, as internações por asma caíram pela metade. Isso aconteceu principalmente por causa da queda do número de pessoas que fumam no Brasil. Em 1989, os fumantes eram 34% da população, índice que caiu para 16,2% em 2009.

 http:/noticias.r7.com

 Fonte:R7 15/12/2010


Vai viajar? Leve seu tênis de corrida!

Se você vai viajar nesta temporada, não esqueça de levar seu equipamento de treino!

Praia ou campo, tanto faz, você pode conhecer ou enxergar o local de uma outra perspectiva. Basta pensar, no que você pode fazer como lazer e sair de casa preparado.

Óculos de natação, tênis de corrida, bicicleta, snorkel e nadadeira são apenas alguns exemplos. Vale tudo, até caminhar!

Para os que estiveram bitolados em planilhas durante o ano, esqueça o compromisso e pratique seu esporte relaxadamente.

Aí vão algumas dicas:

  1. No mar, sempre pergunto ao salva vidas se o mar está tranquilo e aviso para que ele fique de olho em mim. Usar uma touca de cor chamativa ajuda o trabalho dele;
  2. Para correr sempre levo água, comida, algum dinheiro e celular;
  3. Para pedalar levo os mesmos ítens da corrida, além do capacete, óculos, luvas, câmara reserva, kit reparo e a bomba, caso fure o pneu.
  4. Sempre com protetor solar;
  5. Ir acompanhado é mais divertido, mesmo que a pessoa seja mais lenta que você, a intenção é se divertir.
  6. Avalie as condições do local, se for seguro convide sua namorada(o) para te acompanhar, vá na boa!
  7. Importante avisar alguém o que você vai fazer, para onde vai e quanto tempo pretende demorar. A segurança vem em primeiro lugar.


Resolução de ano novo, ser mais rápido!

Uma das resoluções de ano novo (no mundo dos corredores) é conseguir melhorar seus tempos, seja em provas de 5km como em maratona, Ironman e até ultramaratona. Também é muito comum achar que para isso é necessário treinar mais e mais, ledo engano!

Uma verdade: Treinando mais você pode ficar mais resistente, o que é importante para quem vai desafiar uma distância nova, mas nem um pouco importante para os que já estão acostumados com a distância.

Outra verdade: Você não conseguirá fazer uma prova a 5 min por km treinando a 6 min por km!

Mais uma verdade, a última: Se você já sabe que consegue correr 10km, porque fazer um longão toda semana? Ganhe tempo e esteja descansado para fazer treinos curtos e realmente velozes.

Converse com seu treinador, a boa orientação para treinos de velocidade requer treinos menores, velozes, fracionados (tiros) e apenas uma ou duas vezes por semana.

Faça algo diferente no ano novo, não treine mais, treine mais forte e descanse!


“Aproveitando a época do ano para aprender sobre Psicologia do Esporte”

Sobre avaliação e objetivos!

Nos primeiros posts, “Preparação Psicológica?” e “O Iceberg e a Psicologia do Esporte” busquei apresentar para vocês o que é uma preparação psicológica e principalmente o fato da subjetividade ser um elemento que não podemos desconsiderar, caso contrário, estaríamos apenas fazendo uso de técnicas psicológicas e não fazendo uma preparação psicológica de fato.

No entanto, justamente pela singularidade e especificidade que um trabalho psicológico pressupõe, esse e os próximos posts abordarão aspectos gerais sobre os quais é possível escrever em uma coluna sobre Psicologia do Esporte, tratando os temas de formas mais amplas e objetivas a título de conhecimento e informação para aqueles que têm interesse nesse lado “mental” da prática esportiva.

Costumo dizer que cada um possui uma “caixa de ferramentas” invisível para lidar com seus problemas, e o trabalho psicológico visa identificar quais são as ferramentas que estão bem desenvolvidas, quais precisam se desenvolver, quais ainda não temos, e também quais problemas estamos acostumados a enfrentar. Usando essa metáfora da caixa de ferramentas, espero que esse e os próximos textos possam ajudá-los a desenvolver e ampliar as ferramentas na caixa invisível de cada um de vocês!

Aproveitando o clima de final de ano, vou escrever sobre algo que é extremamente importante, mas que diversas vezes é negligenciado ao longo do ano. Em dezembro costumamos avaliar o ano que chega ao fim e traçar as metas para o próximo ano, e esses exercícios de avaliação e estabelecimento de metas são fundamentais quando falamos de um treinamento mental para o esporte.

Esse processo de planejamento é muito importante! Ter objetivos bem traçados faz muita diferença tanto na preparação física, tática e técnica quanto na psicológica. E quando falamos em objetivos, não são apenas objetivos gerais, como fazer uma maratona, um triatlo ou se tornar um IRONMAN, mas principalmente os objetivos específicos que nos levam a conhecer cada um de nossos próximos passos.

Você tem seus objetivos gerais em relação à atividade física? Você possui objetivos mais específicos? Você costuma criar objetivos para cada semana de treino (que não seja apenas o cumprimento da planilha de treinos)? Você cria objetivos para cada prova, ou até mesmo durante a prova?

Como conseguimos fazer uma avaliação de qualidade se não criamos previamente nossos objetivos para na hora da avaliação termos uma referência sobre o que fizemos e o que havíamos nos proposto a fazer?

Isso pode parecer algo simples, mas é uma ferramenta importante, e muitas vezes o simples faz uma enorme diferença e se torna algo difícil de realizar. Estabelecer metas erradas pode desencadear insegurança, baixa autoconfiança, além de nos desmotivar para qualquer prática, ainda mais a atividade física. Afinal, se traçamos metas que não correspondem com nossa capacidade de realizá-las a frustração será inevitável.

Por outro lado, estabelecer metas que conseguimos realizar além de nos motivar e criar um clima agradável para treinos e provas, traz confiança e nos ajuda a criar uma autoimagem positiva, de vencedores!

No entanto, como criar metas que correspondam a nossa realidade? Uma questão muito importante é criar essas metas junto com seu técnico, criar categorias de avaliação que possam ser acompanhadas ao longo do ano e se apropriar cada vez mais de qual é a real condição na qual você se encontra.

É sempre importante saber onde estamos, e traçar nosso objetivo para onde vamos, dessa forma conseguiremos criar estratégias que nos auxiliem sempre a conquistar nossos objetivos e continuar em constante evolução, sempre nos superando, superando os tempos, as distâncias, os desafios e as nossas limitações.

Como bem escreveu o Enzo em seu post “Tô de férias”, é importante ter nesse planejamento o momento de descansar, curtir outras coisas e se dedicar a outras atividades, não apenas o nosso corpo merece descanso, mas nossa cabeça também, principalmente para os atletas (amadores ou não) que são muito disciplinados e focados em buscar os objetivos.

Enfim, aproveitem a época do ano para fazer avaliações e estabelecer metas, mas também aprendam a fazer desses planejamentos uma prática cotidiana para dar ainda mais qualidade à sua atividade física, essa é uma ferramenta muito importante e pode ajudá-los em diversos momentos!

Boas festas à todos e um 2011 com muitos km rodados!

Forte abraço e até o ano que vem…

Rafa Dutra

Rafa Dutra é psicólogo e tem como áreas de atuação a clínica, a educação e o esporte. É parceiro da Assessoria Esportiva Enzo Amato, parte da equipe de psicólogos do “Espaço da Psicologia” e da “Clínica Esporte Vivo”, psicólogo da seleção brasileira de handebol juvenil, da “WBT – Team Competition” e faz parte da atual diretoria da ABRAPESP – Associação Brasileira de Psicologia do Esporte.


Dicas para a São Silvestre, boas e ruins!!

A São Silvestre é uma das corridas mais difíceis para melhorar tempo, na minha humilde opinião. Faz alguns anos que não participo por incompatibilidade da data, mas das 5 vezes que fiz, entre 98 e 2006, experimentei várias táticas diferentes, numa delas cheguei 3 horas antes da largada e me posicionei o mais adiante possível, não tão perto do pórtico como eu imaginava que ia ser, pois tem muita gente que chega mais cedo ainda, fiquei com o sol forte na cabeça me castigando por 3 horas e lógico que a corrida não foi das melhores. Nessa hora você se pergunta, tanto tempo aguardando a largada no mesmo lugar, sem poder sair e voltar, não dá vontade de ir ao banheiro??? Dá sim, e as pessoas não fazem cerimônia de agachar e fazer alí mesmo, alguns no chão, outros em garrafinhas. Foi nessa edição que me dei conta que após a largada, sem haver caído uma gota de chuva, o chão estava todo molhado, mas como na largada é praticamente impossível correr, é só ir devagar e apoiar a mão nas costas do corredor adiante para evitar tropeços, e respingos, rs.

A única vez que consegui correr pra valer e terminar os 15km abaixo de 1 hora foi quando começou a chover forte lá pelas 15:30 e todos procuraram abrigo. Faltando meia hora para a largada, as 16:30, muita gente ainda estava escondida onde podia e eu resolvi me posicionar, fiquei bem perto do pórtico de largada e a cada minuto que passava ficava cada vez mais expremido, me lembro perfeitamente que cheguei a ficar com apenas um pé no chão, desequilibrado, mas escorado em outros corredores, e sem mexer os braços por falta de espaço. Nesse dia o sol nem deu as caras e consegui correr forte e sem tumulto.

Mas a prova tem vários momentos que superam as espectativas e te deixam animado para o ano novo, como crianças na calçada extendendo a mão para que você as cumprimente, isso dá uma energia extra inacreditável durante a corrida, pessoas aplaudindo em todo percurso, alguns sentados em mesas de bares gritam te oferecendo cerveja, corredores param em bancas de pastel para comer e tomar um refrigerante, correr com a camisa do seu time do coração vai te render váias e aplausos, a qualquer momento que você pedir para as pessoas baterem palmas elas vão bater e gritar para te dar forças. Você vai descobrir o Brasil em 15km, durante a corrida vai conhecer a cara do povo, vai ver pessoas pobres, ricas, jovens e idosos de todos os cantos do país, no mesmo lugar, é uma prova única. O percurso não é fácil, mas essa energia extra do público te leva de volta até a Paulista.

Caro corredor, guerreiro, a São Silvestre é uma prova única pela diversão, personagens, pelo espírito renovado por causa da data, pela quantidade de gente diferente curtindo a mesma coisa. Faça de tudo para entrar no clima e curtir a prova, mesmo assim deixo algumas dicas específicas:

  1. Se for de carro, chegue cedo;
  2. Tenha uma toalha, uma muda de roupa e chinelo no carro, pois a chance de chuva de verão no fim de tarde é grande;
  3. Não deixe nada visível dentro do carro para evitar arrombamento;
  4. Leve a chave do carro, documentos básicos e celular com você num saco plástico branco. Treine antes com isso para ver como você vai levar e se te incomoda.
  5. Se for de metrô, deixe a toalha, roupa, chinelo e guarda chuva no guarda volume oferecido pela organização;
  6. Antes da largada fique protegido do sol, ou chuva se for o caso;
  7. A largada é muito, mas muito demorada, não se aborreça com isso;
  8. Esqueça o tempo da prova porque praticamente o primeiro km você vai bem devagar;
  9. Não tenha pressa, você vai correr com muita gente ao seu lado o tempo todo;
  10. Você vai ficar bem estressado se quiser bater seu recorde de 15km na São Silvestre, esqueça isso!
  11. Repare em tudo de diferente que essa prova te oferece e aproveite.


Tô de férias?

As provas do ano vão chegando ao fim e ao mesmo tempo surgem festas de confraternização, prazos de trabalho, viagem de fim de ano, férias escolares com a criançada em casa…enfim, são vários os motivos que podem nos afastar dos treinos nessa época do ano, mas ao contrário do que os mais assíduos pensam, isso não é ruim. Nosso corpo precisa de um período longe dos treinos, ou ao menos fazendo outra atividade.

Não estou aqui dizendo que você deve abrir mão da sua atividade preferida, quero dizer que em algum período do ano, sua atividade preferida deve ser descansar, para retornar bem disposto e com vontade. Se você normalmente treina 4 ou 5 vezes na semana, diminua para uma ou duas vezes, use esse tempo livre para dar mais atenção às pessoas que foram significativas no ano, que te ajudaram de alguma forma, ou mesmo àquelas, que por falta de tempo, acabaram se afastando.

Deixar de correr por duas, três ou quatro semanas pode te deixar um pouco mais lento, ou até com uns quilos a mais, porém vai te ajudar a voltar renovado, com mais vontade para levar o ano com todo pique.

Além de treinos descompromissados em lugares novos e convidativos, sugiro que você escolha uma época do ano para deixar de fazer sua atividade física por algumas semanas e que a substitua por algo novo, fazer sempre a mesma atividade deixa o corpo limitado e tenso em determinadas áreas, enquanto que variar as modalidades te deixa mais versátil, dá mais autonomia e evita as lesões por estresse da atividade principal.

Este ano tive 3 provas longas e importantes, em Fevereiro, Maio e Outubro e após cada uma delas dediquei um bom descanso que me fizeram retornar aos treinos inteiro e sem lesões, depois dos 90km em 3 dias de montanha na Cruce de los Andes em Fevereiro, fiquei 3 semanas sem correr, treinei para o Ironman Brasil em Maio, triathlon de implica em 3,8km de natação, 180km de ciclismo e 42km de corrida, passei mais 3 semanas sem treino algum e voltei aos poucos e descompromissadamente por mais 4 semanas até que começei a treinar para os 80km em montanha no Chile, na Ultra de los Andes, depois dela passei exatamente 1 mês sem correr, fazendo musculação só para braços e nadando, descanso total para as pernas!!! Entre essas provas fiz algumas maratonas e não tenho lesão há alguns anos. Enfim foi só meu exemplo prático de que o descanso faz parte da programação anual de treino, tanto na parte física, na questão de evitar lesões, quanto na psicológica para fazer você voltar com mais vontade e manter-se motivado até o objetivo principal.

Os atletas profissionais também o fazem, os jogadores de futebol que atuam aqui no Brasil, por exemplo, entraram de férias essa semana e não tem compromisso com os treinos até o início de Janeiro. Corredores profissionais escolhem suas provas principais no ano, e entre uma e outra fazem um período de “descanso”.

Por isso caro atleta amador, tire férias das planilhas, da bitolação e “obrigação” dos treinos!

Deixe registrada sua dica para os outros leitores do que fazer nesse período.

Boas “férias”!!!!!


Transforme o estresse em um aliado da sua saúde

Não adianta. Pensou em estresse, pensou em bronca de chefe, engarrafamento, tarefas se acumulando, contas a pagar, casa bagunçada e haja espaço nesta página para caber tanto aborrecimento. Mas especialistas alertam: quanto mais você pensa no estresse de forma negativa, mais fica irritado. Agora, pasme: pesquisas comprovam que o estresse pode ser bom para sua saúde, muito mais do que você imagina. Basta saber gerenciá-lo.

Em estudo da Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, ratos submetidos a rápido e intenso estresse ficaram mais fortes para enfrentar gripe. Os pesquisadores associaram o resultado ao ser humano. Segundo eles, em curto período de tempo, o estresse poderia reduzir riscos de desenvolver diabetes, doenças do coração, câncer e Alzheimer. Isso porque o corpo, quando em estado de alerta, dispara o sistema imunológico, protegendo o organismo contra infecções.

“É um erro chamar o estresse de doença”, garante a presidente da Associação Brasileira de Estresse e professora de psicologia da UFRJ, Lúcia Novaes. Segundo ela, o estresse se divide em fases de alerta, resistência e exaustão. Manter-se na primeira é o indicado.

“As outras etapas revelam o lado ruim do estresse, que deixa o organismo fraco e suscetível a doenças, podendo se tornar problema mais grave, o estresse crônico. Já a primeira fase tem o poder de preparar o corpo para reagir contra o fator que gera estresse. É uma mudança benéfica que corpo sofre”, explica.

De acordo com Novaes – que é co-autora do livro Estresse ao Longo da Vida -, para não chegar ao estresse crônico, é preciso ter atenção nos aspectos fisiológico, comportamental e emocional. No primeiro, basta investir em alimentação equilibrada, prática de exercícios físicos e técnicas de relaxamento.

“Investir tempo livre em lazer e saídas com amigos, não pensar em trabalho quando chegar em casa e questionar o pensamento catastrófico, transformando-o em positivo, também ajuda a fazer com que o estresse se torne um aliado”, completa Novaes.

POSITIVO

Conheça os benefícios do estresse a curto prazo:

Relacionamentos

Facilita adaptação do casal

Aumenta afetividade com parceiro

Estimula sexualidade

Torna relações mais respeitáveis

Valoriza amizade

Estimula o companheirismo

Profissional

Faz com que o trabalho seja desafiador

Ajuda a produzir mais e melhor

Aumenta possibilidades de promoção

Diminui a passividade

Saúde

Auxilia no desenvolvimento de aptidões físicas

Estimula busca por bem estar

Melhora sistema imunológico

Retarda envelhecimento da pele

Evita a obesidade

Melhora humor

NEGATIVO

Fique alerta aos sintomas:

Físicos

Aumento da pressão arterial

Palpitações

Doenças cardíacas

Tremores

Asma

Gastrite

Insônia

Dores musculares

Psicológicos

Ansiedade

Tristeza

Irritabilidade

Insatisfação no trabalho

Depressão

Impaciência

Comportamentais

Rupturas de relacionamentos

Fobia social

Incapacidade de dialogar

Consumo de álcool e drogas

http:/saude.terra.com.br/noticias 
Fonte:Terra Saúde 1/12/2010