Patagonian Int’l Marathon, números interessantes.

Há menos de uma semana da largada trago alguns números interessantes sobre a Patagonian International Marathon.

Seremos 741 corredores, sendo 58% homens e 42% mulheres de 25 países representados. Tanto o percentual de mulheres como a quantidade de países são números impressionantes

Nas 4 distâncias da corrida teremos:

260 (35%) corredores nos 10km;

286 (39%) nos 21km;

132 (18%) nos 42km;

63 (8%) nos 63km coincidentemente.

Em 2013 seremos mais que o dobro de corredores se comparado com a primeira edição, que rolou ano passado.

A temperatura varía bastante, mas a média fica entre 5 e 10º

O grande diferencial da prova, além do cenário, é o cuidado e preservação da natureza, não teremos copos descartáveis e para isso teremos que carregar nossa garrafinha ou mochila para recarregá-la nos pontos de abastecimento, que no caso de uma prova tão austral, estarão aproximadamente a cada 8km e sem risco de passar sede. Sem contar a campanha de reflorestamento onde cada atleta representa uma árvore plantada (de verdade). A prova não oferece prêmio em dinheiro e o slogan é “Correr en la Patagonia por la Patagonia”.

Ansiedade alta só superada pela auto confiança de ter treinado bem.

Leia como foi minha prova. Assista aos vídeos.

Enzo Amato


Puma Mobium Elite

Recebi da Approach Comunicação Integrada, assessoria de imprensa da marca Puma, o novo lançamento deles, o Puma Mobium Elite. Se a primeira impressão é a que fica, a minha foi muito boa, a começar pela caixa que criativamente usa 65% menos papelão e ainda serve como sacola para levá-lo nas provas, academia etc… Se seu objetivo é passear, treinar na academia ou pagar de gatinho, está liberado porque o tênis é realmente muito bonito!

Se quiser tirar o máximo dele ao correr, aí vai minha singela opinião do que pude perceber até agora tendo usado na esteira e na rua. O Tênis é firme e por outro lado bem leve, aproximadamente 260gr cada, isso faz com que seja versátil para provas e treinos. A nova tecnologia imita a pegada de um felino contraindo ao pisar e expandindo ao impulsionar, outro ponto que me chamou a atenção é que ele é perfeito também para quem tem a técnica de correr com o ante pé ou quer incorporá-la, pois tem o drop baixo. O cadarço tem certa elasticidade, isso permite que você o deixe firme em alguns pontos e mais folgado em outros, meu pé agradeceu essa possibilidade de ajuste, já que com o cadarço comum ou os 100% elásticos, a força aplicada é dividida igualmente.

Alguns kms rodados na esteira, outros na rua, olhares curiosos na academia e meu Puma Mobium Elite segue fazendo sucesso.

Depois dos 100km de corrida:

É dos meus preferidos quando quero correr pra valer, continua confortável e tem o drop baixo, quando novo é escorregadio no chão molhado, mas depois passa. A sola ainda está perfeita e sem deformação. Por não ser molenga, uso também nos dias de musculação + corrida, porque tênis mole na musculação não dá.

Depois dos 300km de corrida: Está por vir…

Enzo Amato


Patagonian International Marathon 63km

Falta pouco tempo para a Patagonian International Marathon no Parque Nacional Torres del Paine, no Chile. 2013 será a 2ª edição da prova e dentre as várias distâncias, desde 10km, vou fazer a de 63km, o terreno não tem grandes desníveis e passa sempre por estrada de terra ou pedras, com muito vento frio e paisagens lindas, ou seja a grande dificuldade, no meu caso é a distância.

Gosto de deixar o último treino longo para fazer 3 semanas antes da prova, mas nesse caso não me senti tão confiante e resolvi fazer mais um faltando duas semanas porque a bagagem permite. No fim das contas meus últimos finais de semana foram da seguinte forma:

Treino de 4h. Há 15 dias de encarar os 63km.

Há 6 semanas da prova: K42 em 5h13

Há 5 semanas: Descanso

Há 4 semanas: 2h30 em trilha, ritmo L1 (ritmo de prova longa)

Há 3 semanas: 4h em trilha ritmo lento e batimentos baixos

Há 2 semanas: 4h idem ao anterior + 1h30 no dia seguinte, percepção de esforço igual, porém ritmo mais lento.

Há 1 semana: 1h ritmo um pouco mais forte.

28/09, dia da corrida

É bem provável que eu precise caminhar, já que minha previsão é de mais de 6h e nos 2 treinos de 4h estava bem cansado no final, porém a partir de agora alguns fatores influenciarão para melhor minha corrida, os treinos ficam mais reduzidos para que eu chegue no dia bem descansado e com vontade de correr, a temperatura mais fria, a alimentação com pouca gordura, o ambiente de estar numa corrida… estou confiante e mesmo que tudo dê certo a prova será difícil e a mente deve estar preparada. Treinar para uma ultra maratona não é fácil pela carga de treinos, saber a hora certa de descansar e encaixar outro treino longo dentro de um período razoável entre eles para que não perca condicionamento, mas também para que eles não fiquem muito próximos um do outro como tive que fazer, correndo o risco de me lesionar pelo excesso. Enfim, a jornada é longa e cheia de obstáculos, mas só vou se for assim.

Embarco dia 26 muito contente por poder conhecer outro lugar que a mãe natureza fez com carinho.

Leia como foi. Assista ao vídeo.

Enzo Amato


Mountain Do Fim do Mundo, inscrições dia 30/09

As inscrições para o Mountain Do Fim do Mundo, em Ushuaia, na Argentina, abrem dia 30 de setembro! A prova rola dia 6 de abril de 2014.

Certeza que vai ter lotar e um monte de gente vai ficar na lista de espera. Fiquem espertos!

Boa sorte a todos e bons treinos para enfrentar o diferente!

Enzo Amato


Novos desafios, rumo aos 100km.

San Pedro de Atacama – Chile

Depois de 7 Ironman, sendo 6 deles no mesmo local, chegou a hora de me motivar com novos horizontes, continuo achando o Ironman um grande desafio que proporciona crescimento pessoal, porém ainda tenho muitos desafios que gostaria de vivenciar e/ou conquistar. O atual não tem data definida, apesar de ter algumas preferências, vou esperar e construir os alicerces que me faltam para que faça bem feito. Esses alicerces serão ótimas metas motivacionais e igualmente desafiadoras.

Objetivo principal:

Uma corrida de montanha de 100km com bastante desnível (sobe e desce). Para conseguir pensar que 100km seja algo factível, preciso passar por outros desafios menores e suportar a carga de treinos que ficará cada vez maior até que eu sinta que os 100km, ou aproximadamente 18h de prova seja algo tangível para mim.

A prova de 100km mais famosa que conheço é a CCC que sai de Courmayeur na Itália, passa por Champex na Suíça e chega em Chamonix na França, porém outras corridas também me apetecem, tanto na Europa quanto na América do Sul, como a Patagônia Run, na Argentina. No final, o que conta é que eu possa correr num lugar que encha os olhos com paisagens bonitas e poder dividir essa alegria com as pessoas que gosto, provavelmente em 2015, caso as metas de 2014 sejam atingidas, que seria treinar e concluir bem 2 provas de 80km, já que em 2013 fizeram parte do calendário, que ainda não terminou, 3 de 42km, 2 de 50km e 1 de 63km, todas fora de estrada.

Espero poder dividir com você leitor os pontos relevantes dessa jornada, desde o ponto de partida.

Enzo Amato


K42 Bombinhas (12km)

Por Paula Di Luciano

É incrível como o tempo parece passar muito mais rápido quando se corre em trilha ou montanha do que na paisagem urbana. O K42 em Bombinhas foi minha primeira prova de 12Km e também meus primeiros 12Km em trilha e realmente gostei muito!

A corrida larga na praia junto com os competidores dos 42K e depois de subir atravessando a pequena cidade os 2 grupos de corredores se dividem. Daí em diante, nós corredores dos 12K pegamos novamente a praia para depois sim irmos em direção a parte mais alta de um dos morros, fazer outro trecho na areia e depois subir novamente na trilha e aparecer entre as pedras um pouco escorregadias, por conta do clima, novamente na praia.

Mesmo no dia nublando a paisagem é linda demais especialmente no alto do morro, nessa hora me arrependi de não ter uma câmera de fotos comigo…
A organização foi muito atenciosa e sempre disposta a ajudar, para os 12K tinham 2 postos de hidratação que foram suficientes, pelas dúvidas eu levava o cinto de hidratação que até esqueci que estava usando, ou seja, nem precisei beber, como não fazia calor não foi preciso.
Em relação ao lixo, achei legal que colocaram as lixeiras uns 100 metros depois dos pontos de hidratação, apesar disso sempre tem algumas pessoas que mesmo na trilha jogam alguma coisa. Mas achei mais legal ainda a mudança que terá no regulamento a partir do K21 de Pedra Azul no Espírito Santo, onde não serão mais fornecidos copos d’água e os postos serão de reabastecimento, além disso foi incluído no código de ética do trail runner a punição com 30 minutos de acréscimo no seu tempo final ao atleta que for pego jogando lixo no chão. Pena que seja preciso chegar ao ponto de colocar punição para as pessoas se tocarem e forçá-las a virarem responsáveis com o meio ambiente.
Tomara que o próximo ano possa participar novamente em Bombinhas e dos próximos eventos do K21series!

 


Bastões de trekking na corrida

Ainda é uma incógnita para muita gente se os bastões de trekking ajudam ou atrapalham nas corridas de montanha. Na minha opinião, quanto mais longa a prova mais essenciais eles se tornam. Lembro bem das provas, trilhas, viagens e situações que os bastões me ajudaram muito, mas isso só é percebido depois que o cansaço já chegou faz tempo, antes disso você vai se perguntar, por quê trouxe isso comigo?

Deixo algumas orientações para os que estão na dúvida e para os que pretendem comprar.

Tamanho:

Devem ficar abaixo da linha do peitoral, aproximadamente braços a 90º, alguns preferem maior outros menor. Muitos deles tem 2 pontos de extensão e você deve regulá-los para que fiquem do mesmo tamanho.

Como usar:

O bastão da mão direita vai tocar no chão junto com o pé esquerdo. Se estiver com um bastão, lembre de trocá-lo de mão de tempos em tempos para não esgotar um lado do corpo, simetria é tudo. Com 10 minutos de prática você vai acertar a coordenação.

Eu só levaria dois bastões em corridas de montanha com mais de 80km ou provas de etapas muito longas. Provas a partir de 40km, na minha opinião, um bastão é suficiente. Provas com menos de 40km talvez não seja tão vantajoso, a não ser que você tenha joelhos que sofram muito nesse tipo de prova. Uma caminhada (trekking) de 20km pode levar um dia inteiro então nesse caso também seria interessante levar o bastão, que repito, em todas as situações citadas, só será percebido seu real valor depois que o cansaço bater.

Se houver um penhasco na sua direita o bastão deve ficar na mão esquerda, nesse caso ele se torna uma ferramenta de segurança.

Em provas realmente longas, ou nas de etapas de mais de um dia, as mãos também podem sofrer bastante, por isso repare se o manete é confortável e macio, uma opção é usar luvas, talvez vaselina. No meu caso já participei de provas de 3 dias, e ultra de 80km e não usei luvas, estava com um bastão e cuidava para sempre trocar de mãos. Se pudesse voltar atrás, na de 80km teria usado 2 bastões e provavelmente luvas.

Meu pai teve muitas bolhas durante o caminho de Santiago e os bastões ajudaram com que ele mancasse menos, além de aliviar bastante o peso das costas.

Como escolher:

A variação de preços é bem grande, é certo que quanto mais leve melhor, principalmente em provas muito longas, mas na maioria das situações os mais econômicos encontrados aqui no Brasil em lojas especializadas desempenham bem seu papel.

Os bastões que tem apenas um ponto de extensão podem ser mais leves que os de 2 pontos, mas talvez não caibam na sua mala de viagem, fique atento, também não podem ir como bagagem de mão, devem ser despachados, ou dentro da sua mala, ou fora como uma “2ª bagagem”.

Se tiver alguma dúvida ou quiser abordar um ponto que eu tenha esquecido seu comentário será muito bem vindo.

Enzo Amato


UTMB a rainha das ultras

A prova mais famosa e badalada das corridas de montanha rolou semana passada na Europa, a Ultra-Trail du Mont-Blanc (UTMB), são 4 ultra eventos diferentes que, para poder participar, exigem currículo prévio através de pontos conquistados em outras ultra provas.
A cereja do bolo é a corrida de 168km que dá a volta no maciço do Mont-Blanc, e para poder participar é preciso acumular 7 pontos em até 3 provas, no período de 2 anos, o que fatalmente te colocará em ao menos 2 provas de 100km com muito desnível acumulado.
Algumas provas no Brasil somam pontos para a UTMB, para isso elas precisam ter mais de 65km e muito sobe e desce. Nenhum triathlon ou corrida plana é válida na contagem de pontos que são somados da seguinte forma:
Distância da corrida em km + desnível acumulado / por 100. O resultado da divisão se soma com o total de kms.
  • 1 ponto para um esforço considerado entre 65 y 89,
  • 2 pontos para um esforço entre 90 y 129,
  • 3 pontos para um esforço entre 130 y 179,
  • 4 pontos mais além.

Veja o exemplo de algumas corridas na América do Sul:

Endurance Challenge Argentina: 80km c/ D+4209m. (122 = 2 pontos)

Patagonia Run: 100km c/ D+ 4443m. (144 = 3 pontos)

Na semana da UTMB também acontece a CCC, prova de 101km que sai de Courmayeur, na Itália passa por Champex na Suiça e chega em Chamonix na França, sede do evento. Para participar dessa é preciso “apenas” de 2 pontos conquistados em provas anteriores.

Os primeiros colocados completam a CCC em aproximadamente 11h30 tendo até 26h para fazê-lo, e a UTMB em 20h30 tendo até 46h de limite. São provas muito longas e exigentes que não admitem iniciantes.

Dos 1900 que largaram para os 101km da CCC, 1158 homens e 162 mulheres terminaram, e dos 2500 que encararam a linha de largada da UTMB, 1545 homens e 140 mulheres concluíram. Esses são os limites de inscrições em cada prova, que normalmente faz sorteio para as vagas.

Tenho planos de um dia encarar os 101km da CCC, mas nem me passa pela cabeça os 168km da UTMB. Terei que esperar alguns anos para ver se a vontade aparece.

Enzo Amato.