Arquivos Mensais:setembro 2011
XTERRA ILHABELA 2011
Por Otavio Lazzuri.
Pensem em uma prova difícil!!! Onde o organizador busca as maiores dificuldades, os morros mais íngremes, as descidas mais radicais, as trilhas mais fechadas, mas também os mais belos visuais, tudo cercado de uma excelente organização.
Vou tentar fazer um resumo da prova: O XTERRA Ilhabela tem a fama, e depois de fazer a prova creio que não seja só fama, de ser o triathlon cross-country mais difícil do país e um dos mais duros do mundo. Eu não tenho conhecimento para afirmar isso, mas conversando com gente gabaritada durante o percurso, todos eram unânimes ao afirmar que é realmente a prova mais dura do circuito. Escutei a conversa de uma brasileira e um sul africano que fizeram o Mundial de XTERRA no Hawai, e disseram que lá é um playground perto desta prova. O sul africano disse não querer nunca mais ver lama na sua frente.
A prova compreendia 1.5km de natação no mar da praia do Perequê, que incluía um salto do Pier, com cerca de 3m de altura, 25km de bicicleta e 8km de corrida. Parece pouco não é?
A previsão do tempo acertou: tempo fechado, com chuva na sexta e sábado, deixando as trilhas muito mais difíceis e técnicas.
A natação foi super tranqüila, tive como estratégia nadar de forma moderada, para não ser “atropelado” na bike por competidores mais fortes.
A transição foi feita com calma, para não esquecer nada. Saí para pedalar e logo vieram as subidas íngremes, no início eram de calçamento, então estava fácil de subir. Um pouco mais à frente entramos na trilha ai começou o calvário. Muitos atletas já haviam passado na trilha, deixando a mesma muito mais escorregadia e enlameada. Eu particularmente conseguia pedalar pouco, eram subidas e descidas as vezes em trilhas fechadas, as vezes em trilhas mais abertas, mas igualmente escorregadias. Tentava pedalar, mas logo tinha que descer e empurrar ou carregar a bike.
Antes dos 5km vi dois tombos feios. Um deles sendo resgatado de maca no meio da trilha, e levado para ambulância, aparentemente com costelas quebradas. Outro logo à frente com a clavícula também quebrada. Os atletas tentavam em vão pedalar, apenas quem tinha muita técnica conseguia. Como eu sabia que minha técnica era nenhuma, vendo o pessoal se machucando, resolvi não arriscar e carreguei e empurrei muito a bike.
Pela altimetria da prova, divulgada anteriormente, as subidas e descidas terminariam apenas no km 21, ou seja, foram mais de 20km de trilhas duríssimas e encharcadas. Na subida mais íngreme veio a pior e mais difícil parte da prova. O piso era diferente dos demais, tão ou mais escorregadio, só que a lama teimava em grudar nos pneus, não deixando você empurrar a bike, pois de tanta lama acumulada travava os pneus. E não conseguia carregar a bike, porque era íngreme e escorregadio demais. Para se ter uma idéia do que foi essa subida, ela tinha mais de 1.5km de extensão, meu relógio apita em todos os km percorridos, fiz o trecho de 1000 metros (no meio dessa subida) em nada mais nada menos do que 26 minutos.
Era até engraçado ver as reações dos outros competidores, tinha os que sentavam pensando em desistir, tinha os que saiam correndo com as bikes nas costas, feitos touros, tomando tombos de 3 em 3 passos. Os que arrastavam a bike de costas para a subida. Os que ficavam tirando o barro para tentar rodar as magrelas.
Tentei ficar calmo, parar de reclamar e subir passo a passo, carregando a bike com as duas mãos. Minha sorte foi que a sapatilha de MTB me ajudou demais, ela não escorregava tanto, controlando as câimbras consegui vencer essa subida maldita.
Chegando ao alto desse morro, a vista (parcial devido à neblina e à altura) era linda. Quando pensei: finalmente vou conseguir pedalar morro abaixo… ledo engano. Um fiscal no topo dizia: Downhill à frente. Era difícil até pra descer ao lado da bike. Um atleta disse ao fiscal: “quando eu cair eu empurro”. Ele mal completou a frase e já começou a empurrar… rsrs
Bom, deu pra perceber que a bike não foi fácil, no km 21 finalmente vieram as ruas de calçamento, onde acelerei forte rumo à praia, com medo do corte por tempo, pois sabia que tinha perdido preciosos minutos empurrando a bike. A média horária, pasmem, ficou abaixo de 8km/h (se tivesse nadado 1.5km e corrido 33km, duvido que faria um tempo maior, ou seja a bike atrapalhou rsrs).
Entreguei a bike, para calçar o tênis foi dolorido, muitas câimbras. Peguei 4 géis, tomei um Red Bull e bora correr, ou escalar?
Logo no início uma subida longa e íngreme, me lembrou o treino em Sto. Antonio do Pinhal, pelo menos era de calçamento, tentei correr, mas não dava, logo no primeiro quarto da subida comecei a andar, me hidratei, tomei gel e continuei. Consegui passar bastante gente alternando caminhada rápida, e pequenos trotes na subida. Daí veio a trilha single track, muitas pedras pequenas e grandes, muito lisas, raízes, buracos e claro lama… muita lama. Tinha umas descidas que tiveram que colocar uma corda pra descer. As subidas eram feitas quase que de 4, se agarrando no chão, nas árvores, etc.. Uma lição: não tire a luva de ciclismo para a corrida rsrs ela vai ser útil. E uma técnica de descida: “esquibunda” – Se não quiser cair a toda hora, desça escorregando o traseiro no chão. Os últimos 2 km eram mais tranqüilos, sendo um em trilha outro nas ruas que levavam à praia. Para acabar passava pelo rio já na praia onde estava a linha de chegada em areia fofa.
Mesmo com um péssimo tempo e colocação, fiquei absurdamente feliz e pude extravasar a raiva e emoção em completar esse desafio. Sem muita experiência, mas com vontade eu consegui.
Depois da prova, vendo os resultados, pude ver que muitos atletas foram cortados por tempo na entrega da bike e não puderam sair pra correr. Apenas 100 atletas completaram a prova, não sei quantos largaram, mas posso afirmar que tinha muito mais do que isso. O que mostra o quão dura foi a prova.
PROVA MAIS DO QUE RECOMENDADA!!! ANO QUE VEM TEM MAIS!!!
Queria agradecer a minha namorada pelo companheirismo, pois sei que não foi fácil esse final de semana pra ela rsrsrs. Ao Enzo e à Paula que nos acompanharam nessa. E aos amigos que foram participar e torcer.
Ilhabela com Xterra.
Neste fim de semana estive em Ilhabela para uma corrida noturna de 18km com alguns alunos que participaram do triathlon, e das corridas de 50 e 9km que também faziam parte do evento, o Xterra.
Evento muito bem organizado com relação a staff, suporte e sinalização, percurso muito desafiador no triathlon, que fez gente grande fazer careta, o tempo não ajudou deixando a trilha muito difícil e quase intransponível para os que passaram muito depois dos primeiros e mesmo aumentando em meia hora o tempo de corte, que numa prova dessa não ajuda muito, pra se ter uma ideia de como foi difícil, o primeiro colocado terminou em 2h32 enquanto o quinto em 3h41, ou seja teve 1h11 de diferença entre o primeiro e o quinto colocado, que são feras, imagine a dificuldade para os simples mortais, mais da metade ficou sem correr e com a frustração estampada no rosto, já que todos se esforçaram muito, por outro lado achei a corrida de 18km que fiz mais tranquila, a primeira metade do percurso era de subida, e eu estava bem preparado pra elas, até o 8º km ficamos em estrada de terra e do km 8 ao 13 passamos por trilhas mais fechadas, por ter sido a noite a prova ficou mais apimentada, já os últimos 5km foram só de descida por estrada de terra, e pude descer muito forte ultrapassando pelo menos 10 corredores que antes haviam me passado na trilha.
Quem participou dos 9km pode experimentar o que é uma prova noturna off road, mas não chegaram a pegar muita trilha, e por isso considero uma boa prova de entrada para as corridas fora do asfalto, sem contar que passar o fim de semana em Ilhabela é pouco para conhecer todas as belezas daquele lugar.
Meu desapontamento com a organização foi provocado pela intransigência deles. Corri com o número de um dos meus alunos, já que ele, há muito tempo atrás, fez sua inscrição para a corrida de 18km, mas depois resolveu comprar uma bicicleta para iniciar no triathlon em trilha, tentou fazer um upgrade da inscrição pagando a diferença e a organização não quis aceitar, pediram para que ele entendesse e pagasse outra inscrição se quisesse participar do triathlon, foi o que ele fez. Achei isso muita sacanagem, já que esse pedido foi feito com 2 meses de antecedência, por isso paguei a inscrição pra ele e corri com o número dele, foi a única forma que encontrei de protestar. Os prejudicados somos nós mesmos, atletas amadores, já que fiquei em primeiro na categoria não sendo dessa categoria. Peço desculpas ao segundo colocado, que na realidade foi o primeiro, tentarei remediar a situação frente a organização.
O evento vale a pena, o lugar vale a pena e ter flexibilidade só vai ajudar.
Substância presente no chocolate amargo melhora capacidade aeróbia, diz estudo
Imagine comer um bom chocolate em vez de sair para correr e ainda melhorar o fôlego. Pois um estudo conjunto de três universidades americanas e uma mexicana, publicado no “Journal of Physiology”, comprovou que o consumo diário de pequenas doses chocolate amargo aumenta a capacidade aeróbia mais do que exercícios em esteira.
Os ratos que foram suplementados com uma substância antioxidante presente no chocolate – um tipo de flavonoide chamado epicatechin – tiveram um aumento na capacidade aeróbia superior ao apresentado pelos ratos que fizeram exercícios em esteira por 15 dias. Mas os melhores resultados ocorreram nos ratos que se exercitaram e tomaram o suplemento de epicatechin.
O suplemento do flavonoide provocou aumento da densidade de capilares nos músculos, que levam sangue para que as células consigam manter o exercício. A suplementação não aumentou a força e o tamanho dos músculos, mas deixou eles mais resistentes à fadiga. A capacidade cardíaca também foi melhor nos ratos tratados com o suplemento e eles apresentaram melhores resultados na esteira. Além disso, o número de mitocôndrias nos músculos das pernas e do coração aumentou, melhorando a capacidade do músculo de utilizar o oxigênio para trabalhar.
Estas alterações não melhoram apenas a performance nos exercícios aeróbios, mas também estão ligadas à diminuição do risco de doenças cardiovasculares e metabólicas. O flavonoide epicatechin pode ser encontrado em qualquer chocolate, mas em quantidades muito pequenas e com muita gordura, o que diminui os benefícios. Já no chocolate amargo – alta concentração de cacau – ele pode ser encontrado em maior quantidade e associado a uma menor quantidade de gordura, trazendo mais benefícios para a saúde.
Segundo os autores do estudo, estas descobertas podem auxiliar na elaboração de tratamentos para pessoas com problemas de fadiga muscular.
Fonte:UOL 28/9/2011
2:03:38 recorde da maratona.
O recorde da maratona foi batido no último domingo, 25/9/11 na maratona em Berlim, pelo queniano Patrick Macau, sempre muito esperada, essa prova é a mais procurada para a quebra de recorde, no caso dos amadores não é tão evidente, pois como não vivemos da corrida, qualquer mudança na nossa rotina para melhor ou pior já acusaria possibilidade de recorde ou não em qualquer corrida, mas para os profissionais, cada detalhe da preparação conta, e qualquer equívoco pode ser decisivo. Alguns dos detalhes de Berlim é que a temperatura é amena, o percurso é plano e tem um bônus no prêmio para quem conseguir bater a marca. Há muitos anos o recorde da maratona é batido em Berlim, o brasileiro Ronaldo da Costa já foi dono desse recorde mundial em 1998 lá mesmo.
Correr 42.195 metros em 2:03:38 significa correr, em média, cada km em 2’55” ou se preferir a 20,5km/h, com uma frequência de 190 passos por minuto, para qualquer mortal como nós, é quase impossível suportar essa velocidade por 1 minuto, mas para alguém suportar isso deve reunir algumas qualidades como, ser um atleta com ótimo potencial e ao mesmo tempo bem treinado para conseguir atingir todo esse potencial, ser dedicado, conseguir suportar muita dor, fazer muita força e ser o dia certo.
Esses são apenas alguns dos fatores que permitem a um atleta de elite ser capaz de bater um recorde.
Revezamento Pão de Açúcar 2011.
No último domingo rolou a 19ª maratona Pão de Açúcar de revezamento. Ela continua sendo a maior corrida do Brasil, em 2011, 35mil pessoas estavam nos arredores do parque Ibirapuera para correr, mas o recorde de participantes não é novidade, o que realmente me chama a atenção é que mais da metade, precisamente 54% eram estreantes em corridas de rua.
Por ser um revezamento, muitas pessoas incentivam seus colegas de trabalho a formar uma equipe e participar. Isso é ótimo para a empresa, pois aumenta a integração entre os colaboradores, e pessoas que praticam atividade física são mais criativas, menos estressadas, faltam menos, tem auto-estima elevada etc…
Esse evento é uma das portas de entrada para a corrida de rua, principalmente para pessoas que se interessam em sair do sedentarismo, mas não sabem exatamente por onde começar. Lembro da primeira vez que fui nessa prova, era a 5ª edição, em 1997, época em que as empresas não se interessavam em patrocinar eventos de corrida e o Pão de Açúcar já organizava uma com seu nome e trazia seus executivos e colaboradores de short e camiseta para a rua, e se não me engano era a única corrida que montava a expo para retirada de kit, oferecia palestras com um dos executivos do Grupo o Sr. Marcio Milan que nos abria a mente e os olhos contando sobre suas ultra provas e exemplos de superação ao redor do mundo, naquele tempo a corrida era realizada nos arredores do parque Villa Lobos, fui com o pessoal da academia, tudo era em menor proporção, os três pontos de troca ficavam em sequência e juntos não tinham mais de 500 metros, hoje cada um deles tem mais do que isso, muitos anos com chuva, outros com sol, mas sempre deixando recordações. Hoje o evento registra números astronômicos;
- 35 mil corredores
- 1500 pessoas trabalhando na prova
- 11 postos de hidratação espalhados no percurso
- 350 mil copos de água
- 36 mil isotônicos da Taeq com 600 ml
- 220 pessoas na limpeza e recolhimento dos materiais recicláveis.
- 3 km de carpetes fizeram a sinalização do evento.
- 8.500 metros de grades espalhadas pelo percurso.
- 20 ambulâncias UTI Móveis, médicos para pronto atendimento que circularam de motocicletas por todo o circuito e ambulatório sob coordenação da Intermédica.
É um evento monstruoso, que as vezes pode parecer confuso, mas reconheço que a intenção sempre foi inserir e proporcionar atividade física para as pessoas, e nisso eles batem recordes a cada ano. Ter o exemplo vindo de cima é uma ótima explicação para o sucesso dessa prova.
Parabéns a todos que participaram, e se você conseguiu incentivar alguém a correr, tenha certeza que fez muito bem para a saúde dessa pessoa.
Mês da mobilidade em São Paulo
Por Aline Cavalcante
Para comemorar o mês da mobilidade urbana, que celebra o Dia Mundial Sem Carro em 22 de setembro, diversas atividades legais estão programadas em São Paulo. Anote na agenda e participe da programação.
16/09 – Sexta – Contagem de Ciclistas
Desde 2010 a Associação dos Ciclistas Urbanos – Ciclocidade – se propõe a fazer contagem de ciclistas em avenidas da cidade a fim de gerar dados oficiais sobre a quantidade de pessoas que utilizam a bicicleta. Ano passado a contagem foi realizada na Av Paulista e na Av Eliseu de Almeida e esse ano a idéia é refazê-las. O método usado foi desenvolvido pela Associação Transporte Ativo, e já foi aplicado também no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte.
Membros da Ciclocidade se revezarão em turnos de duas horas, registrando em fotos todos os ciclistas que passarem pelo local proposto. As imagens obtidas serão analisadas para recolher informações complementares. Além de direção e posicionamento do ciclista na via, são coletados dados como sexo e idade aproximada, tipo de bicicleta, uso de capacete, etc.
Aproveite o mês para repensar a cidade que você quer, os espaços públicos que temos, o uso que fazemos deles e a importância de se investir e democratizar outros modais de transporte, especialmente os públicos e os não-motorizados.
17/09 e 18/09 – Sábado e Domingo – Virada Esportiva
Entre as milhares de atividades programadas para o final semana, haverá um Pedal Noturno na madrugada do sábado para o domingo. Saída do Parque das Bicicletas às 20h e término às 4hs da manhã!
Saiba mais sobre as atividades esportivas em duas rodas sem motor no site da Renata Falzoni. A programação completa está no site oficial da Virada. Tem muita coisa rolando!
Fonte: vadebike.org
O primeiro Duathlon da Tatiana, quantos obstáculos.
Por Tatiana de Pádua Cia
“Um dia vou fazer Triathlon”…é o que falta para minha satisfação no esporte.
Já estava correndo e nadando um pouco, faltava o pedal; que para mim é o mais difícil de treinar…e claro; uma bicicleta! Então resolvi procurar uma pessoa que pudesse me auxiliar nos treinos e me dar algumas dicas. Conversei com o Enzo e resolvi encarar os treinos mesmo sem uma bike. O que eu queria mesmo era treinar…comecei a pedalar no clube para não ficar sem o pedal.
Ansiosa para fazer minha 1ª prova, vi que teria um Duathlon 2 meses após iniciar os treinos. Resolvi me inscrever! Logo na seqüência vieram férias, mas não deixei de treinar! Claro, não com a freqüência normal, pedal foi com MTB, corridinhas mais leves e muita comilança! Chegando próximo da prova, fui atrás de uma bike emprestada, pois tinha que ao menos treinar um pouco na rua. Consegui!!!
Falei com o Enzo que precisava sentir a bike, fazer um treino mais longo com ela, saber de mais detalhes, dicas, transição e tudo mais. Então fomos para meu 1º treino com a bike na Serra. Nos primeiros 10 km o câmbio (da bicicleta emprestada) quebra! Fiquei louca, pensando se aquilo era normal, pois me falaram que não era comum! Coloquei a bike no carro e levei para trocar no mesmo dia, pois tinha apenas uma semana para treinar com ela. Na semana da prova (exatamente na 3ª feira), pego a bike para treinar na rua. Disposta a pedalar pelo menos 1 hora e meia, percebo que os planos muitas vezes mudam! Com apenas 40’ de pedal o pneu fura. Eu, sem material nenhum para trocar (não que eu saiba), sem bicicletaria por perto ou melhor; sem ninguém por perto, com medo de ser assaltada, começo a empurrar a bike até chegar no carro (+ ou – 1 km). Lá vou eu para bicicletaria novamente. Pronto! Agora está tudo certo e nada mais vai acontecer…imaginei eu e o Gerson da bicicletaria.
Não satisfeita, resolvo dar a última pedalada antes da prova, porque até então só tinha ficado no gostinho de quero mais e nada de pedalar. Mas desta vez foram apenas 20’. Escuto um barulhinho e vejo uma bolha no pneu saindo da roda. Pneu no chão de novo!?! Ta parecendo piada, mas é verdade. Será que é para testar minha paciência, minha vontade…?!!
Não desisti!!! Voltei para bicicletaria (nessa altura o Gerson também já não estava entendendo mais nada, achando tudo muito misterioso). Bike OK!!! (pelo menos era o que parecia). Encostei a bike e não pedalei mais, porque também já era sexta-feira.
Sábado a tarde vou com meu marido retirar meu kit no poliesportivo em SBC (como estava no site da ativo) e nada, ninguém por lá, ninguém sabia de nada e não tinha um stand se quer da prova; absolutamente nada! Me informo pelo telefone e dizem que estavam na Peugeot até às 18:00h (detalhe: isso já era 18:15h). Bom, fica para amanhã pensei…
Finalmente chegou o dia! Nem dormi direito, dor de barriga, pensando se iria conseguir retirar o kit na hora e toda aquela ansiedade para a prova. Domingo, dia da prova! Café reforçado, check list e tudo parecia certinho. Vou pegar a bike para colocá-la no carro…surpresa!!! Pneu no chão, furado! Chorei, chorei, chorei e disse que não iria mais. Aí sim eu fiquei nervosa e muito chateada. Meu marido, muito paciente pega a bike, coloca no carro e diz: “vamos, lá resolvemos”.
Chegando no local da prova, ele sai a procura de alguém para ajudar…e eu só observando as outras bikes, a galera toda equipada, cada capacete, cada bike, cada roupa bacana, sapatilhas…pensei: o que eu estou fazendo aqui meu Deus!?!
Mas tinha um objetivo: não só conseguir terminar a prova, mas terminar bem!!!
Sorte!!! Um cara muito bacana se prontifica em arrumar para nós. Empresta a bomba (porque nem isso eu tinha). Enche o pneu e nada. Saí atrás de uma câmara reserva, que parecia nova, mas quando encheram percebemos que tinha um furinho. Resolveram colar…mas nada da cola secar. Próximo da hora da largada, faltando menos de 10’, conseguiram! Peguei a bike, corri para área de transição (apavorada não conseguia achar meu lugar), coloquei o chip e lá fui eu para largar…sem aquecer, sem alongar, sem óculos nem luvas (tinha esquecido no carro) e sem meu companheiro relógio (que também esqueci no carro). Percebi que meu check list não adiantou muito.
Deixei tudo de lado e me concentrei para largada. Sabia que a corrida tinha que ser boa, porque era onde eu estava mais treinada. Comecei bem…terminei a corrida em 2ª! Estava tão nervosa para começar a pedalar que na transição me atrapalhei um pouco. Também, na hora que estava sendo explicado como era o percurso, a transição e tudo mais eu estava apavorada pensando se iria conseguir largar ou não!
Mas deu certo, peguei a bike e fui! No percurso vejo a mulherada com “aquelas bikes” só me passando. Eu sem relógio, me perdi na contagem das voltas, minha sorte foi que meu marido me avisou quantas mais faltavam…rs.
Faltando 1 volta e meia para terminar, percebo a bike pesada, mas não parei! (detalhe: fiz a prova inteira numa única marcha, pois estava com muito medo de acontecer qualquer coisa com a corrente ou câmbio). Só pensei: opa, alguma coisa está errada. Quando entrego a bike vejo o pneu no chão por mais uma vez! Aí nem me importei, queria mais era terminar logo, pois tudo estava parecendo uma brincadeira! Mas essa brincadeira até que terminou bem…5ª colocada no geral e 2ª na faixa etária!
Sem bike própria, sem sapatilha, sem roupa específica…do meu jeito, com muita superação diante das dificuldades e muita persistência, só fiquei com mais vontade de fazer as próximas!!!
Agradeço ao meu marido pela parceria e carinho, à Deus e aos meus pais por tudo, aos meus filhotes pela torcida e paciência, ao Enzo pelos treinos e dicas, e claro…as pessoas que trocaram por várias vezes meu pneu!!!
Duathlon em São Bernardo do Campo 07 de agosto de 2011.
Corrida da Independência, mas sem hino!!!
Dia 07 de Setembro é o feriado que comemora o dia da independência. A Paula, que é argentina, e muito ligada às datas históricas dos dois países, dá mais importância a ela do que muitos brasileiros, e fez questão de escolher sua primeira corrida de 5km nos arredores do museu do Ipiranga porque acha o local muito bonito e porque imaginava que iria ouvir o hino tocado por uma banda e cantado pelos corredores.
A prova foi bem organizada no início, fácil de estacionar, espaço de sobra para pegar kit, para largar etc. Mas um detalhe, que ao meu ver não é tão pequeno assim, não tocaram o hino nacional. Era 7 de Setembro, dia da independência, com largada e chegada perto do monumento à independência e faltou o hino nacional, talvez exigir uma banda seja exagero da nossa parte, mas nem um CD, e não era por falta de equipamento de som, pois havia música antes da largada para agitar o pessoal, mas tenho certeza que nenhuma conseguiu ser tão emocionante e arrepiante como o hino nacional. Não é a toa que nos incomodamos quando atletas que representam o país, diante de milhões de espectadores, não saibam cantar o hino e só mexam a boca, ou male male só sabem a primeira metade. No verão passado cansei de ouvir em todo lugar “quero não posso não…” no retrasado o rebolation é que não saía da boca do povo, enquanto nosso hino se mantém cada vez mais esquecido. Reflita sobre isso caro corredor, e antes que você ou seus filhos decorem o hit do próximo verão questione-se se já tem decorado o hino nacional.
Enfim, a Paula correu bem e terminou em 30minutos os 5km.
Deixo a letra do hino nacional brasileiro logo abaixo para que nunca deixemos de praticar:
I
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante,
E o sol da Liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da Pátria nesse instante.
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó Liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!
II
Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra mais garrida
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
“Nossos bosques têm mais vida”,
“Nossa vida” no teu seio “mais amores”.
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro desta flâmula
– Paz no futuro e glória no passado.
Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,
Brasil!
Composição: Francisco Manuel da Silva / Joaquim Osório Duque Estrada
Como encontrar sua prova preferida?
A quantidade de provas de corrida aumentou demais nos últimos anos, mas entre tantas opções, como saber qual delas você vai gostar e qual delas vai entrar de vez no seu coração e nunca mais sair da memória? Essa pergunta deve ser feita tanto pelos que já correm há muito tempo como para os que apenas começaram.
Fiz minha primeira corrida de rua em 1993 e desde então participei de inúmeras corridas, mas são apenas algumas que guardo na memória com muito carinho. Tenho na memória, apenas para citar algumas, minha primeira corrida, minha primeira maratona, feita em Sydney, minha primeira maratona de SP, por ser paulistano, o Ironman Brasil como uma das mais bem organizadas e emocionantes, o desafio praias e trilhas como uma das mais difíceis com visual mais bonito, igualmente com o El Cruce na Argentina e a ultra de los Andes no Chile. Claro que essas percepções são influenciadas pelo momento emocional e físico que estamos passando e certamente outros atletas terão outras percepções.
Depois de tanto tempo, os objetivos mudam e você precisa encontrar outros motivos para participar das corridas. Hoje o que me atrai a uma corrida é poder aproveitar seu visual, conhecer algum lugar novo, passar por lugares que poucos tem oportunidade de passar, ou até mesmo que sirva como treino para algum desafio maior. No início me lembro que simplesmente ser corredor e poder passar correndo por lugares que só se passava de carro já era muito legal, como na Av. Moreira Guimarães por exemplo.
Saiba porque você vai em determinada corrida, atualmente temos muitas opções para escolher e algumas serão mais atrativas que outras para você. Nenhum motivo é mais ou menos nobre que outro, vá porque a camiseta do kit é bonita, porque seus amigos vão, porque o percurso é bonito, porque é perto da sua casa, porque a inscrição é mais barata, porque é só para mulheres, porque quer gastar calorias, porque é beneficente, porque é longe da muvuca, porque é no exterior, enfim, as oportunidades e motivos podem ser infinitos para você se reinventar e continuar correndo com disposição.
Hoje busco algo mais, porém não sei o que vai me atrair às corridas daqui a alguns anos, mas sei que vou buscar outros motivos para seguir praticando com disposição e sempre inovando.
Compartilhe conosco, qual foi a prova que ficou na sua memória e porque vale a pena experimentarmos?
Enzo Amato
CET Altera o local da chegada da 87ª corrida internacional de São Silvestre
Fonte: CET
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) vai alterar o local da chegada da 87ª. Corrida Internacional de São Silvestre, a ser realizada no próximo dia 31 de dezembro de 2011. Como já ocorre tradicionalmente, a largada será na Avenida Paulista em frente ao MASP, porém a chegada dos atletas será direcionada para a Praça Túlio Fontoura, em frente ao Obelisco do Parque do Ibirapuera.
O principal objetivo da mudança, já discutida e acordada entre a CET e a Organização da São Silvestre, é evitar o conflito dos participantes da corrida com o público que vai prestigiar o Réveillon da Avenida Paulista. A Virada do Ano tem ficado cada vez maior e atraído multidões à Avenida antes mesmo da chegada de todos os atletas.
Assim, para proporcionar mais segurança e conforto a ambos os públicos, a chegada da São Silvestre mudará de endereço neste ano: da Avenida Paulista para as imediações do Parque do Ibirapuera. Apesar da alteração no seu traçado, não haverá aumento nem diminuição do percurso de 15 quilômetros, a distância oficial da São Silvestre.
O novo traçado será o seguinte: largada na Avenida Paulista em frente ao Masp, Rua da Consolação, Rua Rego Freitas, avenidas Duque de Caxias e São João, Viaduto Elevado Arthur da Costa e Silva (Minhocão), Praça Padre Péricles, Rua Marta, Rua Margarida, Al. Olga, baixos do Viaduto Pacaembu, Rua Barra Funda, Rua Dr. Carvalho de Mendonça, Al. Nothman, Alameda Barão de Limeira, Av. São João, Largo do Paissandu, Rua Conselheiro Crispiniano, Praça Ramos de Azevedo, Viaduto do Chá, Rua Líbero Badaró, Largo São Francisco, Viaduto Brig. Luís Antônio, Av. Brig. Luís Antônio, Av. Mal Estênio de Albuquerque Lima, Rua Manoel da Nóbrega, Rua Nabia A. Chohfi e Av. Pedro Álvares Cabral, chegando à Praça Túlio Fontoura em frente ao Obelisco.
Minha opinião:
A São Silvestre existe desde 1924 e já passou por várias modificações, de percurso, distância, horário etc… Atualmente tanto a corrida quanto o show da virada ficaram muito grandes e a Av. Paulista não comporta mais esses dois grandes eventos ao mesmo tempo, as modificações eram necessárias e são importantes para os dois públicos. Tive o prazer de participar 5 vezes da prova, sendo a primeira em 98, quando o limite de atletas era a metade dos 21mil atuais, confesso que correr aproximadamente os últimos 500m na Avenida Paulista tem um charme todo especial, principalmente para os paulistanos, mas apesar da mudança, que facilitará a dispersão, o trajeto continua desafiador, bonito e certamente com muita gente para torcer e prestigiar os atletas durante o percurso.
Uma coisa é certa, qualquer que seja o percurso, a São Silvestre continuará sendo a prova mais festiva e disputada do país!
Enzo Amato